Magalu (MGLU3), Mercado Livre (MELI34) ou Casas Bahia (BHIA3)? Veja a top pick do BTG após 3T24
A temporada de balanços do terceiro trimestre de 2024 (3T24) chegou ao fim, com o Mercado Livre (MELI34) apresentando um desempenho superior em relação aos seus pares no e-commerce: Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3), avalia o BTG Pactual.
Em relatório, os analistas pontuam que o GMV (Volume Bruto de Mercadorias, em português) do Mercado Livre aumentou 34% na base anual (a/a) no Brasil para R$ 36,3 bilhões, +R$ 9,2 bilhões de GMV a/a, frente +R$ 137 milhões para o Magalu e -R$ 415 bilhões para Casas Bahia.
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Diferentemente dos trimestres anteriores, o Mercado Livre registrou outra rodada de forte expansão do GMV em todas as suas regiões geográficas, mas não atingiu as expectativas para o EBIT (lucro antes de juros e imposto de renda) e o lucro líquido devido aos maiores investimentos em logística e à aceleração da originação de crédito, elevando as provisões no trimestre, ponderam os analistas.
Os destaques positivos foram o forte crescimento no Brasil e no México (GMV +27% no ano). Por outro lado, o investimento no negócio de crédito (portfólio com aumento de 77% a/a), que aumenta as provisões iniciais, levou a uma pressão de 340 pontos-base na margem operacional anual.
“Sinalizamos que a maior parte da pressão na margem veio de investimentos estratégicos que a empresa fez para impulsionar seu ecossistema, aumentando a penetração do crédito (uma poderosa ferramenta de fidelidade) e a estrutura logística para suportar o crescimento exponencial do e-commerce”, dizem.
Magalu, Mercado Livre ou Casas Bahia?
O BTG pontua que, conforme declarou no início deste ano, a pressão que levou os nomes de
tecnologia listados a apresentarem um desempenho inferior no ano passado parece ter desaparecido, embora com um custo de financiamento mais alto, local e globalmente.
Os analistas ainda enxergam três tendências para o e-commerce no Brasil:
- (i) fraco crescimento do GMV, refletindo menos renda disponível e restrições de capital das empresas e das famílias, com a maioria dos players ainda expostos a categorias altamente cíclicas; (ii) foco na lucratividade, com menos foco em categorias não lucrativas, maiores take rates (taxas de transação) e preservação de caixa; e
- (iii) maior consolidação do mercado entre alguns players.
“O valor de seu ecossistema significa que vemos o MELI à frente do grupo (CAGR de 29% do LPA em 4 anos, em dólares), com melhores take rates e lucratividade saudável, reforçando seu status como nossa Top Pick”, conclui o BTG.