Magalu (MGLU3) falhou em repassar inflação de custos ao consumidor, diz Inter Research
O Magazine Luiza (MGLU3) divulgou na noite de segunda-feira (14) os resultados para o quarto trimestre de 2021.
A empresa teve um prejuízo líquido ajustado de R$ 79 milhões, o que representa uma reversão ao lucro de R$ 232,1 milhões reportado no mesmo período de 2020.
As ações desabaram 8,63% nesta terça-feira (15), cotadas a R$ 4,87. Com o recuo, o papel registrou o pior desempenho diário do Ibovespa (IBOV) hoje.
Segundo relatório do Inter Research, o resultado foi “decepcionante e abaixo do consenso”, na mesma linha das outras análises realizadas pelo mercado hoje.
Era esperado que em decorrência do período sazonal mais forte, a operação de varejo físico voltasse a performar bem, o que não aconteceu.
O analista Breno Francis de Paula, que assina o relatório do Inter, destaca que o aumento das despesas foi desproporcional ao nível de retoma das vendas.
Mas pondera, por outro lado, que no canal online, o Magazine Luiza reportou bons números “sustentados pelo excelente resultado no 3P (marketplace)”. Ainda assim, que não contribuem tanto para a recuperação das margens operacionais consolidadas.
O especialista avalia que, conforme já era projetado, a companhia vem falhando em repassar a inflação de custos ao consumidor.
“Com todas as mudanças ocorridas ao longo de 2021, colocamos nosso preço em revisão, enquanto revisitamos o modelo, incluindo os números e premissas atualizadas”, diz.
ESG
O relatório lembra que o Magalu passou a ser incluído no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 em 2022.
“A empresa concluiu o processo de destinação correta de resíduos em seus 26 centros de distribuição e instalou coletores de produtos eletroeletrônicos usados em 250 lojas. 51,8% dos funcionários se consideram pretos ou pardos, e, desses, 41,5% ocupam cargos de liderança”, diz a análise.