Internacional

Maduro, EUA, Houthis e mais: Petróleo agitou mercados em janeiro; veja os assuntos mais debatidos

05 fev 2024, 17:09 - atualizado em 05 fev 2024, 17:09
petróleo retrospectiva janeiro 2024
Petróleo agitou os noticiários, com temor relacionado ao preço dos barris e conflitos globais (Imagem: REUTERS/Regis Duvignau)

O começo de 2024 chegou conturbado para o petróleo. Em janeiro, a commodity dominou os noticiários, inclusive com o temor de que conflitos internacionais fizessem com que os preços da gasolina e diesel brasileiros ficassem mais caros.

Entre os principais assuntos, os ataques do grupo rebelde Houthi, o cenário econômico dos Estados Unidos (EUA) e a política interna do governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, estiveram entre os maiores influenciadores do preço do petróleo.

Saiba mais sobre os principais agitadores no preço do petróleo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Guerra entre Ucrânia e Rússia

A guerra entre Ucrânia e Rússia, que ainda não chegou a um fim, apesar de tantos anos desde o seu início, continua agitando o preço do petróleo.

Os ataques com drones ucranianos a refinarias de petróleo russas, como no sul e oeste do país, mais recentemente, influenciaram o preço da commodity.

À Reuters, uma fonte ucraniana afirmou: “ao atingir as refinarias de petróleo que trabalham para o complexo militar-industrial russo, não apenas cortamos a logística de fornecimento de combustível para equipamentos, mas também reduzimos os fundos para o orçamento russo”.

Economia dos Estados Unidos e China

As duas maiores economias do globo, EUA e China, também geraram turbulências no preço do Brent e do WTI.

Na China, os dados econômicos que sugerem um momento de desaceleração econômica no país fizeram com que o mundo estivesse atento, já que uma diminuição na demanda pela commodity influenciaria os preços dos barris.

Já nos Estados Unidos, as políticas de cortes de juros afetaram o preço do petróleo, com a perspectiva de economia do mercado com o fim de medidas restritivas do país.

Durante o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), em que os cortes de juros para março foram descartados, o petróleo fechou em baixa. Na ocasião, o Brent caiu 2,63% e o WTI 2,53%.

Sanções ao petróleo venezuelano

A reimposição de sanções petrolíferas à Venezuela, que ocorrem desde 2019, retornaram após o país proibir a candidatura da principal candidata de oposição a Maduro.

Em referência à Licença Geral 44, que prevê alívio ao setor de petróleo da Venezuela, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que “na ausência de progresso entre Maduro e seus representantes e a Plataforma Unitária da oposição (…) os Estados Unidos não renovarão a licença quando ela expirar em 18 de abril”.

Israel, Hamas e os Houthis

O grupo rebelde Houthi, do Iêmen, realizou ataques durante todo o mês a navios que passassem pelo Mar Vermelho e pelo Canal de Suez e tivessem como destino o abastecimento de Israel, em um movimento de apoio à Palestina.

Os navios que sofreram maiores ataques foram aqueles com bandeiras do Reino Unido e dos EUA. Entretanto, os ataques afetaram todas as embarcações que passavam pelo local, adicionando dias e maiores custos às viagens, inclusive às brasileiras.

Também, um possível cessar-fogo entre as nações, posteriormente negado por Israel, fez com que os contratos futuros de petróleo fechassem em queda no primeiro dia de fevereiro, com a expectativa do fim do conflito.