Maduro, EUA, Houthis e mais: Petróleo agitou mercados em janeiro; veja os assuntos mais debatidos
O começo de 2024 chegou conturbado para o petróleo. Em janeiro, a commodity dominou os noticiários, inclusive com o temor de que conflitos internacionais fizessem com que os preços da gasolina e diesel brasileiros ficassem mais caros.
Entre os principais assuntos, os ataques do grupo rebelde Houthi, o cenário econômico dos Estados Unidos (EUA) e a política interna do governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, estiveram entre os maiores influenciadores do preço do petróleo.
Saiba mais sobre os principais agitadores no preço do petróleo.
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Guerra entre Ucrânia e Rússia
A guerra entre Ucrânia e Rússia, que ainda não chegou a um fim, apesar de tantos anos desde o seu início, continua agitando o preço do petróleo.
Os ataques com drones ucranianos a refinarias de petróleo russas, como no sul e oeste do país, mais recentemente, influenciaram o preço da commodity.
À Reuters, uma fonte ucraniana afirmou: “ao atingir as refinarias de petróleo que trabalham para o complexo militar-industrial russo, não apenas cortamos a logística de fornecimento de combustível para equipamentos, mas também reduzimos os fundos para o orçamento russo”.
Economia dos Estados Unidos e China
As duas maiores economias do globo, EUA e China, também geraram turbulências no preço do Brent e do WTI.
Na China, os dados econômicos que sugerem um momento de desaceleração econômica no país fizeram com que o mundo estivesse atento, já que uma diminuição na demanda pela commodity influenciaria os preços dos barris.
Já nos Estados Unidos, as políticas de cortes de juros afetaram o preço do petróleo, com a perspectiva de economia do mercado com o fim de medidas restritivas do país.
Durante o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), em que os cortes de juros para março foram descartados, o petróleo fechou em baixa. Na ocasião, o Brent caiu 2,63% e o WTI 2,53%.
Sanções ao petróleo venezuelano
A reimposição de sanções petrolíferas à Venezuela, que ocorrem desde 2019, retornaram após o país proibir a candidatura da principal candidata de oposição a Maduro.
Em referência à Licença Geral 44, que prevê alívio ao setor de petróleo da Venezuela, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que “na ausência de progresso entre Maduro e seus representantes e a Plataforma Unitária da oposição (…) os Estados Unidos não renovarão a licença quando ela expirar em 18 de abril”.
Israel, Hamas e os Houthis
O grupo rebelde Houthi, do Iêmen, realizou ataques durante todo o mês a navios que passassem pelo Mar Vermelho e pelo Canal de Suez e tivessem como destino o abastecimento de Israel, em um movimento de apoio à Palestina.
Os navios que sofreram maiores ataques foram aqueles com bandeiras do Reino Unido e dos EUA. Entretanto, os ataques afetaram todas as embarcações que passavam pelo local, adicionando dias e maiores custos às viagens, inclusive às brasileiras.
Também, um possível cessar-fogo entre as nações, posteriormente negado por Israel, fez com que os contratos futuros de petróleo fechassem em queda no primeiro dia de fevereiro, com a expectativa do fim do conflito.