Internacional

Maduro diz que Venezuela construiu “fortaleza militar” junto com a Rússia

23 ago 2017, 0:20 - atualizado em 05 nov 2017, 13:57

Da Agência EFE

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu hoje (22) que seu país construiu uma verdadeira “fortaleza” militar junto com a Rússia, em vista da “ameaça” do governante americano, Donald Trump, que comentou este mês que não descarta a opção militar para intervir no país. A informação é da EFE.

“Chegaram à Venezuela os melhores sistemas de armas da Rússia, e nossos soldados, nossos profissionais militares já manejam os sistemas de armas mais modernos jamais vistos aqui, e acredito que em nenhum exército da América Latina”, disse Maduro durante uma coletiva de imprensa com meios de comunicação locais e estrangeiros.

No palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, ele explicou que a Venezuela conta com “diferentes sistemas de mísseis, de defesa, terra-terra, terra-ar, diferentes sistemas de artilharia, de defesa antiaérea e fuzis” trazidos da Rússia no marco “dos acordos de cooperação militar”.

“E estudamos toda a parte da logística. Assim, já poderia dizer que a Venezuela, junto com a Rússia, construiu uma fortaleza para a nossa defesa soberana”, sustentou.

Maduro também recriminou a oposição venezuelana por “apoiar uma invasão estrangeira”, apesar da coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) ter rejeitado em um comunicado a advertência de Trump e a ingerência de qualquer país ou governo nos assuntos internos da Venezuela.

Bloqueio

“Tomara que nossa defesa siga sendo a palavra, a diplomacia, a comunicação, e não tenhamos que defender-nos com as armas nunca mais na história do nosso país”, destacou Maduro, após acrescentar que parte dos seus opositores está promovendo um “bloqueio econômico, financeiro e naval” à Venezuela.

O líder chavista ressaltou ainda que a Venezuela tem o apoio “pleno, total, absoluto” de Moscou e, por isso, seu governo apoia o da Rússia “em todos os palcos internacionais”. Nesse sentido, Maduro classificou o presidente Vladimir Putin, como “o principal líder do mundo (…) um líder equânime, de paz” e criticou que nos Estados Unidos haja uma “russofobia” e uma “putinfobia”.

Por fim, Maduro antecipou que fará uma nova visita à Rússia “para continuar fortalecendo nossos acordos de cooperação militar”, sem dar maiores detalhes sobre a viagem.

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