Macron enfrenta outro teste com voto de desconfiança sobre reforma da previdência na segunda-feira
O presidente da França, Emanuel Macron, enfrentará um momento crítico nesta segunda-feira (20), quando a Assembleia Nacional Francesa tem agendada a votação de uma moção de desconfiança apresentada após o seu governo contornar o Parlamento na quinta-feira (16) para aprovar um impopular aumento na idade de aposentadoria do Estado.
A medida, que seguiu semanas de protestos contra a reforma da previdência, desencadeou três noites de tumultos e manifestações em Paris e em todo o país, com centenas de pessoas presas, lembrando os protestos dos Coletes Amarelos que eclodiram em 2018 devido aos altos preços dos combustíveis.
No entanto, embora os votos de segunda-feira possam mostrar o nível de insatisfação com o governo de Macron, é improvável que o derrubem.
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Parlamentares da oposição apresentaram duas moções de desconfiança no Parlamento na sexta-feira.
O grupo de centro Liot propôs uma moção de desconfiança multipartidária, que foi co-assinada pela aliança de extrema-esquerda Nupes. Horas depois, o partido de extrema-direita francês Reagrupamento Nacional, que possui 88 membros da Assembleia Nacional, também apresentou uma moção de censura.
Mas mesmo que o partido de Macron tenha perdido sua maioria absoluta na câmara baixa após as eleições do ano passado, há pouca chance de que a moção multipartidária passe – a menos que uma aliança surpreendente de parlamentares de todos os lados seja formada, da extrema-esquerda à extrema-direita.