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Macro e micro, enfim, casados na Petrobras

06 nov 2017, 20:42 - atualizado em 06 nov 2017, 20:42

Os fatores macro, ligados ao desempenho do petróleo no mercado internacional, e os micro, que têm os rumos definidos na própria empresa, estão finalmente casados na Petrobras. Esta é a avaliação do UBS em um relatório enviado a clientes neste domingo (5) e publicado em um momento de forte alta do petróleo e uma avalanche de notícias positivas para a companhia.

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Segundo Luiz Carvalho e Julia Ozenda acreditamos que o alinhamento destes fatores deve permitir que os investidores precifiquem alguns importantes “catalisadores” para as ações. Na avaliação o banco, vale a pena ressaltar quatro deles:

1 – Sustentabilidade de curto prazo para os preços do petróleo;

2 – Desinvestimentos: IPO da BR Distribuidora até o final do ano; plano de venda de refinarias; possível saída da Braskem e TAG;

3 – Anúncio do plano de negócios para 2018 a 2022, em dezembro;

4 – Novos desenvolvimentos sobre as negociações da Transferência de Direitos, o que pode dar espaço para o processo de desalavancagem e a consequente liberação de valor antes das eleições presidenciais de 2018.

Sobre o último item, vale destacar que na última sexta-feira a ANP publicou as suas estimativas para o valor excedente, com base na avaliação da consultoria Gaffney, Cline & Associates. “Acreditamos que a publicidade deste relatório é um passo importante no processo de negociação entre a Petrobras e o Governo e à luz da possibilidade de um leilão do superávit em 2019”, avalia o UBS.

Foram realizadas três estimativas diferentes com um percentual de chance de ocorrência de volume igual ou superior a (o total é acrescentado de 5 bilhões de barris de petróleo equivalente já negociados com a Petrobras, em 2010):

Estimativas da Gaffney, Cline & Associates (em bilhões de barris)
% Volume recuperável Total
90% 6,1 11,1
50% 10,8 15,8
10% 15,1 20,1

 

O UBS entende que a solução para o embate pode ser encontrada até o final do ano e que os investidores ainda não estão precificando o potencial ganho deste evento. A análise do relatório da ANP sugere que o ponto médio, de 50%, é a estimativa mais apropriada e coloca o governo em um cenário no qual ainda terá sobra de barris para colocar em leilão.

“Como mencionamos em relatórios anteriores, nosso caso base é um ponto médio entre o cenário otimista de US$ 20 bilhões e o negativo de US$ 5 bilhões”, avaliam. A recomendação de compra foi reiterada e o preço-alvo de R$ 20,20 para as ações preferenciais (PETR4) e R$ 20 para as ordinárias (PETR3).

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