Resultados

M.Dias Branco toma puxão de orelha de analistas

11 nov 2019, 13:52 - atualizado em 11 nov 2019, 13:52
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Sem apetite: analistas esperavam muito mais dos resultados da M.Dias Branco, dona de marcas como a Adria, no terceiro trimestre (Imagem: Adria/M.Dias Branco/Divulgação)

“Decepcionante” e “difícil de digerir” foram alguns dos modos como os analistas se referiram aos resultados do terceiro trimestre divulgados pela M.Dias Branco. Desapontados, os investidores punem as ações da companhia (MDIA3) na Bolsa, no pregão desta segunda-feira (11).

Por volta das 13h15, os papéis recuavam 1,81%, negociados a R$ 35,28. No mesmo instante, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa brasileira, subia ligeiramente (0,03%), aos 107.664 pontos.

A decepção dos analistas começou com a queda de 11% no volume de vendas trimestrais, quando comparadas com o mesmo período do ano passado. Com isso, as vendas ficaram abaixo da média histórica da companhia para esta época do ano.

O menor volume vendido gerou um efeito em cascata sobre o restante das linhas do balanço. agravado pelo aumento de custos e despesas acima do previsto pelo mercado. O BB Investimentos, por exemplo, projetava um ebitda 4% maior que o divulgado.

Ficou no ar

“Os sinais de recuperação identificados no trimestre anterior não se materializaram”, afirmou a instituição, em relatório divulgado hoje. Apesar de tudo, o BB Investimentos manteve o preço-alvo dos papéis em R$ 45 para dezembro de 2020, com recomendação de marketperform.

Já o BTG Pactual continua mantendo os papéis da M.Dias Branco como sua escolha no segmento de Alimentos e Bebidas no Brasil. Apesar disso, o banco afirmou, em relatório desta segunda, que a previsibilidade de suas ações está comprometida por um ambiente mais desafiador e “confuso” no curto prazo.

Para o BTG Pactual, o importante agora é compreender como a “incursão ousada” da empresa em outros mercados pode se equilibrar com uma postura mais sensata em termos de resultados, seja a margem de lucro, a estratégia de distribuição ou o volume de vendas.

O BTG projeta um preço-alvo de R$ 35 para os próximos 12 meses, com recomendação neutra para os papeis.

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