M. Dias Branco (MDIA3): XP vê otimismo com reforma tributária, mas faz ressalvas; entenda
A XP Investimentos realizou na semana passada diversas reuniões com investidores de São Paulo e Rio de Janeiro e com executivos da M. Dias Branco (MDIA3).
A corretora disse que saiu dos encontros com uma visão positiva reforçada para a ação devido a melhores fundamentos, com preços mais baixos para o trigo e óleo de palma, e o carrego do repasse de preços para massas e biscoito ainda a ser refletido.
Além disso, a M. Dias Branco abordou todas as preocupações quanto à reforma tributária, já que um pior cenário exigiria um aumento nos preços para massas e biscoitos em torno de 2%.
De acordo com a XP, houve uma surpresa pelo consenso positivo entre os investidores, considerando o fraco desempenho das ações nos últimos 30 dias, que caíram 12%.
A M. Dias deu um retorno positivo para XP quanto as principais estratégias da empresa, seja para fusões de aquisições, market share e a dinâmica dos lucros no futuro, mas faz ressalvas para o curto prazo.
Preocupações sobre a reforma tributária
A M. Dias Branco se mostra confortável sobre os impactos com a reforma tributária, que devem ser limitados na visão da companhia, disse a XP.
Dessa forma, mesmo no pior cenário, a XP enxerga a ação sendo negociada com um valuation atrativo de 10,6x P/L para 2024.
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Além disso, segundo a XP, os preços mais baixos do trigo e do óleo de palma ainda se refletiram nos resultados da empresa, sustentando a visão de uma forte dinâmica de lucros no futuro.
Do ponto de vista dos preços dos produtos, a administração reforçou que tendências positivas devem ser vistas devido ao carrego do aumento de preços ocorrido no primeiro semestre de 2023 (1S23) e à redução do tamanho das embalagem, de acordo com a corretora.
Forte momento dos resultados e evolução das estratégias
Entre outros fatores, a empresa destacou a perda de curta duração na participação de mercado após a redução do tamanho das embalagens, o que em 1 ou 2 trimestres leva a uma maior participação de mercado, segundo a XP.
Ainda assim, a administração está confortável, de acordo com a XP, com a participação de mercado de biscoitos e bolachas no curto e médio prazo. No entanto, os atuais níveis de massas ainda preocupam, pondera.
Segundo a XP, companhia não descarta potenciais oportunidades de fusões e aquisições, especialmente sob intenso interesse dos investidores devido à atual menor alavancagem, embora a administração tenha reforçado que o foco está em “fazer o trabalho de casa”, recuperar os resultados do negócio principal e desenvolver novas marcas.
Riscos no curto prazo
Apesar do bom otimismo quanto à tese, a XP enxerga dois riscos no curto prazo:
- Excesso de otimismo dos investidores com o terceiro trimestre (3t23). A margem Ebitda deve ficar entre 16-17%, um valor mais alto é possível, mas pode prejudicar o crescimento no longo prazo
- Forte estratégia de recompra de ações em 2022
Além disso, enquanto os investidores de São Paulo estão focados na dinâmica do mercado e nos preços das commodities, os investidores do Rio de Janeiro estão preocupados com os possíveis impactos negativos da reforma tributária, segundo a XP.
A XP recomenda compra para ação, com preço-alvo de R$ 48,40 e potencial de alta de 25%