M. Dias Branco (MDIA3): Santander mantém cautela diante de guerra de preços no setor de massas

O Santander mantém visão cautelosa para as ações da M. Dias Branco (MDIA3), destacando que, embora os custos venham recuando com a valorização de 13% do real no ano e a ampla oferta global de trigo, a pressão competitiva no setor de massas deve continuar limitando margens e volumes.
Segundo os analistas, os preços de massas seguem mais fracos do que o esperado, em meio à perda de participação de mercado da companhia para Selmi e J. Macêdo nos últimos três anos.
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Em relatório divulgado nesta semana, o banco afirmou que os concorrentes da M. Dias têm balanços saudáveis e espaço para disputar volumes via preços, o que reduz a perspectiva de expansão de margens para a companhia.
No segmento de biscoitos, por outro lado, o cenário é mais estável. A força das marcas, especialmente em produtos premium, tem garantido resiliência nos preços, mesmo diante da queda nas cotações do trigo.
O mercado é dominado por multinacionais como Nestlé, Mondelēz e PepsiCo, enquanto a brasileira Marilan, com 8,4% de participação, apresenta alavancagem elevada, o que limita sua flexibilidade competitiva.
Para o Santander, o alívio de custos já está amplamente refletido no preço das ações, mas a fraqueza da receita ainda não. “Acreditamos que a deflação de custos esteja precificada, e vemos poucos catalisadores para uma reprecificação no curto prazo”, dizem os analistas.
O preço-alvo para o fim de 2026 é de R$ 26,00, com recomendação neutra. Entre os principais riscos para a companhia estão a eventual desvalorização do real, alta dos preços do trigo, dificuldades no repasse de custos sem perda de market share e a intensificação da concorrência.
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