M. Dias Branco (MDIA3): Santander espera custos e preços de importação mais elevados no 4T24; veja
O Santander reforçou sua recomendação neutra (preço-alvo de R$ 24 e potencial de alta de 18,81%) para M. Dias Branco (MDIA3), líder em biscoitos e massas no Brasil.
Os analistas do banco esperamos custos unitários mais altos impulsionados pela depreciação cambial e preços mais altos de importação de trigo no Brasil no 4T24.
Eles estimam um Ebitda de R$ 260 milhões, praticamente estável no trimestre e em linha com o consenso, com uma margem Ebitda de ~10%, -50 bps no trimestre.
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No futuro, o Santander espera que a empresa repasse custos mais altos, enquanto dados recentes de inflação sugerem que o mercado já começou a aumentar os preços.
MDIA3: reforma comercial em meio a desafios e preços mais altos do trigo à frente
A M. Dias Branco está reestruturando sua equipe comercial desde a saída de seu vice-presidente comercial no final de 2024.
“Como resultado, esperamos que a empresa lance novos produtos de forma mais gradual e concentre sua atenção no controle de custos e na consolidação industrial, que já está em andamento. No geral, acreditamos que isso indica que a M Dias tentará otimizar suas despesas de marketing no 1S25”, apontam Guilherme Palhares e Laura Hirata.
Os analistas acreditam que o segmento de de varejo de alimentos no Brasil reduziu os estoques, como resultado do aumento das taxas de juros.
No entanto, a curva futura do trigo aponta para preços mais altos, pois a demanda global tem sido forte com vários leilões de compra sendo anunciados.
“As expectativas de maior inflação de alimentos devem sustentar pedidos firmes de biscoitos e massas de varejistas de alimentos, em nossa opinião”.
Por que o Santander segue neutro para a ação?
O banco mantém sua recomendação neutra para M. Dias Branco, dadas as:
- incertezas quanto ao repasse de preços;
- falta de visibilidade sobre a estratégia comercial daqui para frente;
- execução da revisão do footprint em andamento.
Além disso, o Santander segue vendo a reforma tributária no Brasil como um risco-chave para a indústria do trigo nos próximos anos, pois as subvenções desempenham um papel fundamental na forma como os preços são definidos