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M. Dias Branco (MDIA3): Santander enxerga mudança de estratégia e salto no Ebitda; vale comprar antes do 4T23?

23 jan 2024, 14:31 - atualizado em 23 jan 2024, 14:47
m. dias branco santander
O Santander projeta que os volumes de massas da M. Dias Branco aumentem 6% trimestre a trimestre; confira a visão do banco (Imagem: Divulgação)

Na análise do Santander, o Ebitda da M. Dias Branco (MDIA3) deve dobrar no quatro trimestre de 2023 (4T23), ainda que fique abaixo da visão da VisibleAlpha.

O banco projeta resultados ligeiramente abaixo das previsões do mercado, devido à falta de crescimento sequencial da margem.

O Ebitda estimado para o trimestre é de R$ 427 milhões, 4% abaixo do consenso do mercado, implicando uma margem Ebitda de 15,9% (vs. 16,4% do consenso do VisibleAlpha).

Apesar das perspectivas que apontam para uma deflação nos custos, os próximos desafios competitivos nos setores de massas e biscoitos precisam ser destacados.

Ainda assim, o banco reforçou sua recomendação de “outperform” (compra), com preço-alvo de R$ 49 por ação.

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Mudança de foco na M. Dias Branco

Segundo o Santander, a M. Dias Branco realinhou seu foco, de forma estratégica, para a aumentar o volume de crescimento e recapturar market share, especialmente nos produtos de menor valor agregado, como as massas, e nos principais mercados regionais.

Os analistas projetam que os volumes de massas da M. Dias Branco aumentem 6% trimestre a trimestre, assim como uma redução de preço de 5%.

O banco espera que os preços dos biscoitos permaneçam estáveis, com uma ligeira queda no volume de 2% em relação ao trimestre anterior. Além disso, a instituição acredita que as varejistas de alimentos reconstruíram os estoques no 4T23, o que deve apoiar um crescimento do volume de produtos básicos neste trimestre.



Por fim, a empresa deve se beneficiar de custos competitivos no peírodo. com os custos unitários relativamente estáveis trimestre a trimestre, impactados positivamente pelos:

  1. preços mais baixos do óleo de palma, materializando-se no resultado da empresa; e
  2. custos ainda baixos do trigo.

Por outro lado, a recente recuperação nos preços do açúcar deverá limitar uma queda mais relevante nos custos e, portanto, a expansão das margens para a empresa.