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M. Dias Branco (MDIA3) acumula salto de mais de 60% em 2022; há fôlego para mais?

03 set 2022, 9:00 - atualizado em 02 set 2022, 15:00
Trigo, M. Dias Branco
Ação da M. Dias Branco ganhou impulso no ano com a queda sequencial nos preços do trigo e pelas surpresas positivas dos últimos resultados (Imagem: REUTERS/Valentyn Ogirenko)

A ação da M. Dias Branco (MDIA3) ganhou impulso em 2022, beneficiada pela queda sequencial nos preços do trigo e pelas surpresas positivas que os últimos resultados da companhia trouxeram ao mercado.

Os papéis da companhia acumulam alta de mais de 60% no ano, sendo que engataram uma boa valorização após o balanço do segundo trimestre, quando a M. Dias Branco reportou lucro líquido 64% maior, a R$ 233,5 milhões, e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 357,1 milhões, montante 113,6% superior ao do mesmo período de 2021.

Apesar do momentum positivo, o Itaú BBA está com uma postura mais conservadora em relação à fabricante de massas e biscoitos. Mais do que isso, a instituição vê potencial de alta limitado para o nome, uma vez que o ambiente mais benigno de rentabilidade e margens saudáveis no longo prazo já parecem precificadas no valuation atual.

O BBA acabou atualizando o preço-alvo da M. Dias Branco, de R$ 27 por ação ao fim de 2022 para R$ 47 ao fim de 2023. A recomendação de “market perform” (desempenho esperado em linha com a média do mercado) foi mantida.

“Acreditamos que o mercado já precificou uma recuperação em formato de ‘V’, e precisaríamos ver sinais de melhoria contínua para ficar mais otimistas com a tese”, explicam os analistas Gustavo Troyano, Renan Moura e Victor Gaspar, em relatório divulgado na semana.

De acordo com o trio, os níveis de rentabilidade entregues no segundo trimestre são impressionantes, mas ainda não é óbvio se a combinação de rentabilidade atual com os níveis atuais de participação de mercado é sustentável.

Os analistas afirmam que o preço atual da ação precisaria assumir que o Ebitda/tonelada da M. Dias Branco em termos reais se estabiliza 17% acima da média histórica, a R$ 770/tonelada, além de um volume de CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 2,5% para biscoitos e massas ao longos dos próximos três anos.

O BBA elevou suas estimativas de Ebitda para 2022 e 2023 em 48% e 69%, respectivamente, a R$ 1,09 bilhão e R$ 1,41 bilhão. As margens Ebitda esperadas para os períodos são de 11,6% e 13,9%.

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