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LWSA (LWSA3) cai mais de 4% após resultados desanimadores no 4T24; o que fazer com as ações?

14 mar 2025, 12:05 - atualizado em 14 mar 2025, 18:06
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As ações da LWSA (LWSA3), antiga Locaweb, abriram em queda após a divulgação dos resultados operacionais no quarto trimestre de 2024. (Foto: Divulgação)

As ações da LWSA (LWSA3), antiga Locaweb, abriram em queda após a divulgação dos resultados operacionais no quarto trimestre de 2024 (4T24). De acordo com parte dos analistas, os números parecem em linha com as expectativas, mas vieram poluídos por efeitos não recorrentes.

Os papéis caíam 4,33%, a R$ 2,65, e a empresa figurou entre as maiores quedas do Ibovespa (IBOV). 



Para o Safra, o prejuízo líquido de R$ 17,5 milhões reportado pela empresa foi diretamente afetado por itens não recorrentes, como a reavaliação das obrigações earn-out — mecanismo contratual comum em aquisições, que prevê pagamentos adicionais vinculados a resultados futuros.

As obrigações resultaram em uma despesa financeira de R$ 40,5 milhões, puxando o número para baixo. O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também foi afetado por efeitos não recorrentes, como a provisão de um litígio comercial de 2023. 

Apesar disso, a margem Ebitda da LWSA cresceu 2,7 pontos percentuais, indo a 22,3%, o que reflete controle de custos e eficiências operacionais. O Safra avalia que com a exclusão destes efeitos, a empresa pode melhorar seus resultados em 2025.

O banco mantém a recomendação de compra, com preço-alvo definido em R$ 6, que representa um potencial de valorização superior a 100%.

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BTG espera aceleração da LWSA em 2025

Segundo o BTG Pactual, o crescimento de 5% na receita líquida, em comparação com o mesmo período do ano anterior (a/a) não é animador, mas ressalta que o valor foi impactado pela Squid, startup adquirida pela LWSA em 2021.

O banco projeta que o crescimento acelere de 5% para 10% no primeiro trimestre de 2025 (1T25) após reestruturação da Squid. Os analistas entendem que o crescimento em dígito médio está afastando os investidores, que aguardam alguma aceleração relevante para apostar no papel.

O BTG não considera a projeção para o 1T25 inspiradora além da conta e já considera o fato precificado na ação, portanto, não alterou o preço-alvo de R$ 7, com potencial de valorização de mais de 150%. O banco mantém a recomendação de compra.

Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.