LVMH se torna primeira empresa europeia a ultrapassar US$ 500 bi
A gigante de artigos de luxo LVMH, dona de marcas como Louis Vuitton, Fendi e Christian Dior, se tornou a primeira empresa europeia a ultrapassar US$ 500 bilhões em valor de mercado, graças ao aumento das vendas na China e ao fortalecimento do euro.
Há menos de duas semanas, a LVMH já havia se tornado uma das 10 empresas mais valiosas do mundo, impulsionada por um salto nas vendas do primeiro trimestre.
A rival Hermes International também divulgou resultados fortes, reforçando a visão de que a reabertura da China está alimentando o crescimento em todo o setor.
A alta das ações da LVMH aumenta a fortuna da pessoa mais rica do mundo, Bernard Arnault, que transformou a LVMH em uma potência global por meio de uma série de aquisições. Seu patrimônio agora está avaliado em quase US$ 212 bilhões, de acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg.
A demanda pelos produtos de luxo da LVMH se manteve mesmo com inflação e juros altos que alimentam temores de recessão.
A LVMH alertou este mês que está vendo uma desaceleração no crescimento nos EUA, e alguns investidores temem que a ação seja prejudicada caso a desaceleração econômica piore.
Por enquanto, paradoxalmente, a preocupação com uma recessão está elevando o valor da LVMH em dólares. O euro este mês saltou para seu nível mais alto em mais de um ano, com a expectativa de que uma piora na economia dos EUA levará o Federal Reserve a cortar juros ainda este ano, enquanto o Banco Central Europeu mantém um tom hawkish.
Os analistas têm aumentado o preço-alvo para ação da LVMH e veem espaço para mais ganhos. Dos 36 analistas sondados pela Bloomberg, 30 têm uma recomendação de compra para o papel.
Ashley Wallace, do Bank of America, vê a ação atingindo € 1.000 no próximo ano, ante cerca de € 903 agora.
“A LVMH está muito barata, dada à atratividade do setor de bens de luxo, seu forte portfólio de marcas e a melhor execução no setor”, disse Wallace em um relatório.
Arnault é chairman e CEO da LVMH. Ele e sua família possuem uma participação de 48% no negócio, e ele está preparando o terreno para manter a empresa sob controle familiar nas próximas décadas.