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Luz no fim do túnel para Vale (VALE3)? O que 8 analistas pensam de dados do 2T23, após trimestre ‘lastimável’?

19 jul 2023, 14:59 - atualizado em 19 jul 2023, 14:59
Vale, ação
Vale: Avaliação dos analistas sobre os números do relatório vai de neutra para ligeiramente positiva (Imagem: Reuters/Washington Alves)

A Vale (VALE3) movimenta o mercado nesta quarta-feira (19). Com a divulgação do relatório de produção e vendas ontem à noite, a mineradora deu um gostinho do que se pode esperar dos resultados, a serem divulgados em 27 de julho, após o fechamento do mercado.

A avaliação dos analistas sobre os números do relatório vai de neutra para ligeiramente positiva. Segundo a XP Investimentos, a companhia conseguiu apresentar melhorias tanto em volumes como na qualidade do minério de ferro.

Já o BTG Pactual classificou os números como decentes. Com a alta anual de 6,3% na produção da matéria-prima siderúrgica no segundo trimestre, a 78,7 milhões de toneladas, o time de análise do banco começa a ver como “altamente alcançável” o guidance estipulado pela Vale para 2023, de 310-320 milhões de toneladas de minério de ferro.

Essa é a mesma perspectiva da Ágora Investimentos. A corretora, além de acreditar que a Vale está a caminho de entregar sua meta de produção do ano, trabalha no time otimista do mercado em relação aos fundamentos do minério de ferro nos próximos meses.

Recuperação (lenta) das vendas

Os dados sinalizam uma retomada sequencial nos resultados da Vale, mas não será um grande trimestre, avalia a Genial Investimentos.

Além do “problema persistente” dos custos e a decepção com os preços realizados para o minério de ferro, um dos pontos levantados pela instituição é que, como previsto, as vendas de finos estão se normalizando após os problemas enfrentados no primeiro trimestre devido ao grande volume de chuvas, causando restrições de carregamento.

“A resolução das adversidades logísticas no terminal de Ponta da Madeira (MA) ocasionou um volume mais próximo da relação histórica entre produção e vendas no segundo trimestre de 2023”, comenta.

Apesar disso, a Genial ainda está decepcionada com o ritmo de fechamento do gap, visto que a redução da desproporcionalidade veio um pouco menor que o esperado e levou a um volume de vendas (de 63,3 milhões de toneladas) ligeiramente abaixo das projeções da corretora.

A Genial ressalta, no entanto, que a Vale no segundo trimestre deve obrigatoriamente apresentar crescimento substancial de Ebitda.

“Com o primeiro trimestre lastimável que a companhia enfrentou pela adversidade portuária reduzindo drasticamente o volume de vendas, acreditamos que o segundo trimestre de 2023 obrigatoriamente denotará um crescimento substancial no Ebitda”, completa.

O Bank of America (BofA) aponta para o comentário da Vale de um gap menor entre produção e vendas no terceiro trimestre de 2023, com a venda do inventário acumulado nos primeiros seis meses do ano, a depender das condições do mercado. Na visão do banco americano, isso implica em um processo de desestocagem não tão material para o período.

O contraste em metais básicos

A performance da unidade de metais básicos recebeu opiniões diferentes. Para o Itaú BBA, embora os volumes de vendas de níquel tenham vindo em linha com as expectativas, foi o cobre que roubou a cena. Os volumes de vendas de cobre da companhia acabaram superando em 7% as projeções da casa para o segundo trimestre.

No caso do Goldman Sachs, o cobre desapontou tanto em vendas quanto em produção e preços realizados. Já o níquel foi o destaque positivo da divisão.

Para o Inter Research, a Vale mostrou desempenho “razoável” para as operações de cobre e níquel, apesar de a produção do segundo metal ter ficado 12% abaixo do esperado. A isto, a instituição menciona o efeito das paradas para manutenção (ou seja, um efeito não recorrente). No caso do cobre, o desempenho foi içado pelo ramp up de Salobo III, mais que compensando a parada em Salobo I e II.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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