Luz no fim do túnel para Oi (OIBR3;OIBR4)? Empresa salta na bolsa com compra de ações por gestora no radar; entenda
As ações da Oi (OIBR3;OIBR4), empresa em recuperação judicial (RJ), aproveitam dia de forte alta na bolsa, na esteira do aumento de participação de um fundo da Trustee DTVM anunciado nesta quarta-feira (21).
Às 16h40, os papéis ordinários da companhia disparavam 11,81%, a R$ 1,42, enquanto os preferenciais avançavam 9,73%, negociados a R$ 2,48 cada.
As ações da Oi começaram o ano em arrancada. Só nesse início de 2024, OIBR3 acumula ganhos de 98,4% e OIBR4 emplaca alta de 38,6%.
Em fevereiro, OIBR3 e OIBR4 dispararam 104,8% e 48,6%, respectivamente, em meio a especulações sobre o movimento.
Ao mercado, a Oi informou que recebeu correspondência da Trustee. Na qualidade de gestora de fundos de investimentos, a Trustee aumentou sua participação acionária e passou a deter 33.100.000 ações ordinárias, ou 5,14% do total das ações ordinárias da empresa.
A Trustee disse que o investimento tem a intenção de contribuir junto a “empresa, autoridades, reguladores, poder judiciário do Rio de Janeiro, credores e a estrutura administrativa da empresa em uma ampla solução para o soerguimento dessa relevante instituição de serviço público em todo o território nacional”.
Novo acionista da Oi, o fundo “Nova Oi” da Trustee conta com apenas dois cotistas com nomes ainda desconhecidos pelo mercado. Segundo o Insight da Exame, que antecipou a notícia da aquisição de participação acionária, especula-se que se trata de um veículo de investimento de Nelson Tanure, acionista da Light (LIGT3), outra empresa em processo de RJ.
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Oi e o novo plano de recuperação judicial
No início do ano, a Oi ajuizou um novo pedido de recuperação judicial em caráter de urgência para seguir com conversas de renegociação de dívidas junto a credores, poucos meses após a Justiça ter encerrado o longo processo de RJ da empresa, atestando na época que ela havia cumprido com todas as obrigações previstas no plano.
Ao entrar com um novo pedido de recuperação judicial, a Oi afirmou que as conversas com os credores financeiros contava com pontos negociais ainda sujeitos à concordância entre as partes, impossibilitando-a de concluir as negociações e os objetivos.
Também na ocasião, a Oi defendeu que o pedido de recuperação judicial “é um passo crítico na direção da reestruturação financeira e busca da sustentabilidade de longo prazo” da companhia.
Na semana passada, a 7ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro publicou o edital de convocação para a assembleia geral de credores (AGC) da Oi, em 5 de março, com o intuito de deliberar sobre o plano de recuperação judicial da companhia.
*Com informações da Exame.