Luz amarela para os frigoríficos de bovinos. Importador não gosta de dólar fraco.

Importador gosta de dólar forte na cotação com as moedas das origens das mercadorias.
Nesta virada de semana, a divisa americana, em queda franca, ameaça ser um estresse para a cadeia da carne bovina do Brasil.
Os R$ 0,30 perdidos desde o começo do mês, com o câmbio em R$ 5,39 na sexta, certamente já tem tirado um pouco do ímpeto dos compradores.
Chegou a mínimas de seis meses.
A carne fica mais cara com o dólar mais fraco. E com o boi em torno do R$ 340 a @, em São Paulo, a margem do frigorífico fica mais apertada, ante a volume menores de vendas.
As exportações foram, em geral, relativamente boas em janeiro.
Mas, pelo lado chinês, que neste mês comprou mais dos contratos fechados antes do embargo de setembro a dezembro (vaca louca), haverá recuo por, pelo menos 15 dias. O país entra no Ano Novo Lunar e seu tradicional feriadão.
Não se descarta, daí, que a compra de boi pelas indústrias pode recuar – mercado interno nem conta muito -, num momento que a oferta tende a crescer de boi das águas.
No radar da semana que entra, permanece o cenário que fortaleceu o real.
Alguma melhora no nível de desempregados, o fim do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em negócios com moeda estrangeira (que ajuda a aumentar o fluxo de divisas no País) e um ambiente mais favorável externo (aumento dos juros nos EUA a partir de março, possivelmente) e o ensaio de uma distensão na crise Rússia-Ucrânia.