Lula volta a criticar o mercado e diz que Haddad não foi indicado para atender os interesses da Faria Lima; o que esperar do Ibovespa (IBOV)

A relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o mercado financeiro está passando por uma nova crise. Em entrevista à TV Record, transmitida na terça-feira (16) à noite, Lula voltou a criticar agentes da economia e a minimizar o arcabouço fiscal.

O presidente afirmou que não é obrigado a cumprir uma meta fiscal, caso haja coisas mais importantes para fazer. Ele ainda completou dizendo que faré “o necessário” para cumprir com as regras do arcabouço e que a meta zero não será rejeitada.

“Você não é obrigado a estabelecer uma meta e cumpri-la se você tiver coisas mais importantes para fazer. Esse país é muito grande, esse país é muito poderoso. O que é pequeno é a cabeça dos dirigentes desse país e a cabeça de alguns especuladores”, afirmou.

• Empiricus Research libera +100 relatórios gratuitos em plataforma exclusiva; libere seu acesso aqui

Fernando Haddad precisou intervir após falas divulgadas antes da entrevista completa assustarem o mercado. O ministro da Fazenda disse à jornalistas que a frase estava descontextualizada e reiterou o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal.

“O problema é que, quando você solta uma frase descontextualizada, você gera desnecessariamente uma especulação em torno do assunto”, disse.

Durante a entrevista, Lula ainda afirmou que a Faria Lima nunca gostou do PT, nunca gostou de Haddad e nunca vai votar nele. “O Haddad não foi indicado para atender os interesses da Faria Lima”, completou.

Em relação ao Banco Central, o presidente voltou a criticar a política monetária adotada, dizendo que só a taxa de juros não está controlada no Brasil.

Leia também

Mercados

Mesmo com alta de Vale (VALE3), Ibovespa fecha em queda com Wall Street; dólar sobe a R$ 5,50

Mercados

O ‘enorme’ fluxo de estrangeiros que o Brasil pode receber, segundo CEO do Santander (SANB11)

No último pregão, Ibovespa (IBOV) perdeu o fôlego e interrompeu o ciclo de 11 pregões consecutivos de ganhos. O encerrou a terça-feira (16) com queda de 0,16%, aos 129.110,38 pontos — trata-se da primeira queda de julho. Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,4294, com queda de 0,28%.

O que esperar de Wall Street

Os investidores internacionais estão de olho no Federal reserve. O banco central americano divulga o Livro Bege, documento que traz as condições econômicas nos seus distritos; além disso, Tom Barkin e Christopher Waller participam de evento e suas falas podem dar dicas sobre os próximos passos do fed.

Na Europa, a inflação anual na zona do euro desacelerou de 2,6% para 2,5% em junho, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), divulgados pela Eurostat. No comparativo mensal, o CPI subiu 0,2%, enquanto o núcleo teve avanço anual de 2,9% e mensal de +0,4%.

As bolsas internacionais e futuros de Wall Street operam operam em baixa.

Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quarta-feira (17)

Bolsas asiáticas

• Tóquio/Nikkei: -0,43%
• Hong Kong/Hang Seng: +0,06%
• China/Xangai: -0,45%

Bolsas europeias (mercado aberto)

• Londres/FTSE100: -0,03%
• Frankfurt/DAX: -0,32%
• Paris/CAC 40: -0,18%

Wall Street (mercado futuro)

• Nasdaq: -1,24%
• S&P 500: -,70%
• Dow Jones: -0,14%

Commodities

• Petróleo/Brent: +0,29%, a US$ 83,97 o barril
• Petróleo/WTI: +0,45%, a US$ 80,07 o barril
• Minério de ferro: -2,66%, a US$ 110,97 por tonelada, na Bolsa de Dalian

Criptomoedas

• Bitcoin (BTC): +3,24%, a US$ 65.157
• Ethereum (ETH): +2,56%, a US$ 3.481

Boa quarta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!