FGV

Lula volta a crescer nas redes sociais após impasse sobre prisão

10 jul 2018, 21:09 - atualizado em 10 jul 2018, 21:09
Foto: Twitter

Um acompanhamento das redes sociais feito pelo FGV DAPP (Diretoria de Análise de Políticas Públicas) de 10h de domingo (8) até às 11h de segunda-feira (9) revela que 1,53 milhões de menções foram feitas sobre o debate acerca da soltura de Lula. Até 8% desta discussão contou com a atuação de robôs e reavivou o ex-presidente nas redes sociais, descobriu o levantamento.

Segundo a avaliação, as menções ao petista  apresentava progressiva diminuição de volume conforme passavam as semanas e mudavam os atores de foco nas discussões eleitorais. “As sucessivas ordens judiciais em relação ao ex-presidente  romperam o percurso de queda da presença do petista no centro dos debates políticos do país, reconduzindo tanto Lula quanto o poder Judiciário (e o juiz Sérgio Moro) ao palco principal de atenção das redes sociais”, mostra a FGV.

Os números mostram que o impasse sobre a situação de Lula equipara-se ao impacto do debate sobre o ex-presidente quando, em 05 de abril, o Supremo Tribunal Federal rejeitou o seu pedido de habeas corpus— entre 04 e 08 de abril, a média diária de referências a Lula foi de 956 mil tuítes. O ex-presidente agregou em seu apoio mais de 60% dos 336.331 perfis que participaram da discussão.

“Houve forte atuação da militância petista e de atores, celebridades e influenciadores, que lidaram com as rápidas reviravoltas do assunto de forma irônica em relação à Justiça, destacando suposta parcialidade do Judiciário em relação a Lula e a falta de legitimidade das instituições democráticas”, destaca o levantamento.

Entenda

Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.

No domingo (8), o desembargador Rogerio Favreto atendeu a um pedido de liberdade feito por deputados do PT em favor de Lula. Em seguida, o juiz Sergio Moro e o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região Gebran Neto, ambos relatores dos processos da Operação Lava Jato, derrubaram a decisão de Favreto por entenderam que o magistrado não tinha competência para decidir a questão. No mesmo dia, o entendimento foi confirmado pelo presidente do TRF, Thompson Flores.

(Com Agência Brasil)

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