Política

Lula sanciona com vetos lei que cria programa de pagamento de dívidas dos Estados

14 jan 2025, 9:14 - atualizado em 14 jan 2025, 9:14
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva 26/11/2024 REUTERS/Adriano Machado
Lula vetou dispositivos que poderiam impactar o resultado primário e ampliar o impacto fiscal do programa para a União (REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou com vetos o Projeto de Lei Complementar que institui o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que visa revisar os termos das dívidas dos Estados e do Distrito Federal com a União.

A lei foi publicada na edição desta terça-feira (14) do Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com comunicado do governo, o Propag prevê descontos nos juros e parcelamento do saldo das dívidas em até 30 anos, além de criar um fundo de equalização federativa para compensar os Estados em boa situação fiscal.

“O objetivo é criar condições estruturais para o aumento da produtividade, enfrentamento das mudanças climáticas, melhoria da infraestrutura, segurança pública e educação, especialmente na formação profissional”, disse a nota.

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Os Estados poderão quitar parte das dívidas transferindo bens móveis ou imóveis, participações societárias, créditos com o setor privado e outros ativos para a União. As parcelas mensais serão calculadas e corrigidas mensalmente, com possibilidade de amortizações extraordinárias e redução dos valores das parcelas nos primeiros cinco anos.

Ainda segundo a nota, durante a vigência do contrato será proibida a contratação de novas operações de crédito para o pagamento das parcelas refinanciadas, sob pena de desligamento do programa. O prazo limite para adesão dos Estados ao Propag é 31 de dezembro de 2025.

Lula vetou dispositivos que poderiam impactar o resultado primário e ampliar o impacto fiscal do programa para a União, reduzindo os incentivos para uma gestão fiscal responsável e sustentável.

“A sanção presidencial reforça o compromisso com a solução das dívidas dos Estados, possibilitando a redução dos juros, o alongamento da dívida e o uso de ativos para abatimento dos débitos, incentivando uma gestão fiscal responsável e investimentos em áreas prioritárias para o desenvolvimento do país”, explicou a nota.

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reuters@moneytimes.com.br
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