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Lula reabre estatal do ‘chip do boi’ encerrada por Bolsonaro; novo programa de pastagens está por trás?

13 nov 2023, 12:29 - atualizado em 13 nov 2023, 12:29
lula chip do boi ceitec
De acordo com especialista, sempre antes de uma COP, há uma grande pressão para divulgação de algo novo; o que esperar de Lula no evento? (Imagem: Governo Federal)

Na última semana, o presidente Lula assinou um decreto revertendo a dissolução societária do Ceitec (Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada).

A empresa criada em 2008 ficou marcada por desenvolver chips para monitoramento de gado, o famoso “chip do boi“, e que teve seu processo de liquidação em 2020 iniciado por Bolsonaro, já que desde sua criação, a empresa é deficitária.

No entanto, o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) apresentou projeto na Câmara para anular o decreto de Lula. Na visão dele, nem mesmo o governo compra os produtos do Ceitec.

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Novo programa de Fávaro está por trás da reabertura?

Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa), confirmou nesta semana o lançamento do novo programa de recuperação de pastagens.

De acordo com ele, o lançamento será realizado no dia 22 de novembro, antes da 28ª Conferência de Mudanças Climáticas, que ocorre de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2023 em Dubai.

A ideia de Fávaro é chegar na COP28 com o programa desenhado. Com isso, surge a possibilidade da inclusão de um projeto para o monitoramento do gado no Brasil.

Leonardo Munhoz, doutor em Direito Ambiental e pesquisador do Observatório de Bioeconomia da FGV, não acredita que a reabertura da estatal esteja necessariamente ligada ao novo programa do governo.

“Vale ressaltar que, sempre antes da COP, há uma pressão absurda para a divulgação de algo novo e mostrar serviço. Com isso, dá para entender estes esforços do governo para lançar esse projeto de pastagens e regulamentar o mercado de carbono. Muitas vezes, por essa pressão, acabam passando projetos com regulamentações não ideais”, explica.

Em entrevista ao Valor Econômico, a ministra da Ciência, Inovação e Tecnologia, Luciana Santos, disse que a estatal terá como foco a transição energética e o setor automotivo.