Lula: “Petrobras (PETR4) não tem razão para seguir preço internacional de petróleo”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera a corrida eleitoral para um novo mandato no Palácio do Planalto, usou suas redes sociais, nesta segunda-feira (28), para criticar a política de preços da Petrobras (PETR3; PETR4), que segue a cotação internacional do petróleo.
“Não existe nenhuma razão técnica, não existe nenhuma razão política ou econômica, para que a Petrobras tenha tomado a decisão de internacionalizar o preço do combustível”, afirmou Lula, num curto vídeo publicado.
Nos oito anos em que fui presidente mantive a gasolina, o diesel, o gás com os preços de acordo com a moeda brasileira. Não existe razão para o preço da gasolina ser dolarizado.
Vídeo: @ricardostuckert pic.twitter.com/5wsHnojli0
— Lula (@LulaOficial) February 28, 2022
Para o petista, o único motivo para que a estatal siga a cotação internacional do petróleo é “atender aos interesses dos acionistas, sobretudo, os acionistas de Nova York”. Lula acrescentou que, nos oito anos em que presidiu o país, a Petrobras manteve seus preços atrelados ao real.
As críticas do ex-presidente chegam no momento em que o mundo se preocupa com uma possível escalada dos preços do petróleo, pressionados pelas sanções do Ocidente à Rússia, após o país invadir a Ucrânia.
Sanções à Rússia pesam no petróleo
Entre as retaliações já anunciadas, está a exclusão de bancos russos do sistema Swift, que facilita as transações internacionais. Sem acesso ao Swift, empresas e governos que compram gás e petróleo da Rússia, segunda maior produtora da commodity no mundo, teriam dificuldades para concluir as transações, aumentando o risco de uma crise de oferta.
Os especialistas avaliam que a invasão da Ucrânia deve elevar o petróleo acima dos US$ 100 por barril. No pior cenário, a cotação pode bater em US$ 150. Nesta situação, a gasolina nos postos brasileiros ultrapassaria os R$ 10 por litro.