Economia

Lula ‘perplexo’: Presidente reclama do volume elevado de isenções sem contrapartida para trabalhadores

18 jun 2024, 11:01 - atualizado em 18 jun 2024, 11:01
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Ontem, Lula se reuniu com os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet para falar sobre uma revisão de gastos. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter ficado “perplexo” com o cenário apresentado por sua equipe econômica em relação aos ajustes fiscais.

“A equipe econômica tem que me apresentar a necessidade de corte. A gente discutindo corte de R$ 10 bilhões, R$ 15 bilhões, R$ 11 bilhões aqui e, de repente, você descobre que tem R$ 546 bilhões em benefício fiscal para os ricos desse País”, afirmou em entrevista à rádio CBN, na manhã desta terça-feira (18).

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Ontem, Lula se reuniu com os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet para falar sobre uma revisão de gastos.

Segundo o presidente, o problema é que a parte mais rica tomou conta do orçamento, sendo que há muita isenção sem contrapartida para a população, especialmente os trabalhadores.

“Eu estou disposto a discutir o Orçamento, com a maior seriedade, com a Câmara, com o Senado, com as empresas, os banqueiros, mas que a gente faça que o povo mais humilde, que mais necessita do Estado, não seja prejudicado, como em alguns momentos da história foi”, afirmou o presidente”, destacou.

Lula volta a criticar o Banco Central

Lula voltou a criticar o Banco Central e o seu presidente, Roberto Campos Neto. Segundo ele, a atual taxa Selic está muito alta, a ponto de atrapalhar o investimento no setor produtivo, e que é preciso baixar os juros a um patamar compatível com a inflação.

“Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está”, disse.

Vale lembrar que, atualmente, a Selic se encontra em 10,50% ao ano, sendo que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne hoje e amanhã para definir o futuro dos juros. As projeções do mercado apontam para uma pausa no afrouxamento monetário, com inflação e risco fiscal no radar.

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