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Lula: ‘Não tenho dúvidas de que faremos um Plano Safra ainda melhor ano após ano’

27 jun 2023, 12:43 - atualizado em 27 jun 2023, 14:24
Macro, Política, Lula
Além de comentar sobre o lançamento do Plano Safra, Lula falou sobre o papel de referência do Brasil na sustentabilidade global (Imagem: Lewis Joly/Pool via REUTERS)

Nesta terça-feira (27), o Governo Federal lançou o Plano Safra 23/24 para o setor empresarial. Com volume de R$ 364 bilhões, os recursos são destinados ao crédito rural, abrangendo produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais produtores.

Durante discurso de lançamento do programa, Lula destacou o trabalho do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e disse que ele tem uma visão diferenciada do setor do agronegócio.

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“O Fávaro tem sido uma das coisas boas de um governo que não é de um grupo de amigos. Esse é um governo com ideologias, partidos e opiniões diferentes, mas um governo que acredita que o Brasil pode ser do tamanho que ele quiser ser”, disse.

“Esse é o primeiro Plano Safra do nosso governo, mas todos os anos faremos programas melhores que o do ano anterior. Se enganam aqueles que pensam que o governo tem um problema com o agronegócio brasileiro. A cabeça de um governo responsável não tem a pequenez de insuflar o ódio das pessoas”, acrescentou Lula.

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Relações internacionais

Lula comentou que, a partir de suas viagens ao exterior, tem tido noção do “papel que o Brasil pode representar daqui para frente”.

“Quando o Fávaro me informou que havia 70 mil toneladas de carne parada no porto da China (após embargo por conta do mal vaca louca), eu não só falei com Xi Jinping como o Alckmin intercedeu nesta questão. Um mês depois, a carne foi liberada e o Brasil receberá o pagamento de cerca de R$ 2 bilhões. Isso se chama diplomacia, um governo não pode atacar outro país”, disse, criticando a postura do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Lula disse que ouviu, em reunião do G7, discursos de países defendendo a sustentabilidade e a questão climática.

“O Brasil tem 87% da matriz energética limpa e renovável, contra 27% do resto do mundo. Ao invés de falarem o que devemos fazer, eles deveriam aprender conosco. A escolha de não desmatarmos, é uma garantia da qualidade do agronegócio que queremos viver e dos produtos que buscamos fornecer. Temos a obrigação de fazer as coisas bem feitas porque o mundo está de olho em nós”, explicou.

Por fim, Lula destacou que o Congresso da França não quer fazer acordos com o Mercosul pela possibilidade de o país não cumprir as metas de Paris.

“Quais dos países europeus cumprem essas metas? É importante adotarmos uma postura de seriedade para que a gente exija a mesma seriedade conosco. Não vamos mais desmatar, vamos procurar recuperar os milhões de hectares em áreas degradadas do país. Esse país mudou, o Brasil quer voltar a ser um país grande”, finalizou