Lula não acenou ao ‘agronegocião’ no 1º discurso. Acenou para os “pequenos produtores rurais”
Falar que o futuro presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acenou para o agronegócio no seu 1º discurso, não é verdade.
Ele só acenou para os “pequenos produtores rurais”, os que respondem por até 70% dos alimentos dos brasileiros.
Lula foi até duro com os demais, quando se considera que o termo “agronegócio”, como é usualmente empregado no País, está associado à produção de alta escala de commodities e proteínas animal, embora literalmente diga respeito à integração de cadeias produtivas do campo à transformação.
É o pessoal do ‘agronegociação’, da soja, milho, algodão, pecuária, entre outros, cuja vocação é exportadora. À exceção entre as grande rubricas é a cana-de-açúcar, que não utiliza o território da Amazônia Legal, e o café.
Ao explicitar para o Brasil e o mundo, que acompanhavam suas primeiras declarações, que a Amazônia será intocável e que defenderá os povos indígenas, bateu diretamente nos pontos os quais os grandes produtores lutaram contra sua eleição.
Mesmo produtores de grãos e carnes que estão longe do Norte do Brasil não gostam desse discurso.
Para os produtores de boi, o petista foi ainda mais direto. Deixou claro, também, seu descontentamento, ao afirmar que não se pode conformar vendo o Brasil como maior produtor e exportador mundial e “30 milhões passando fome”.
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