Mercado ansioso pela decisão do Copom e falas de Lula sobre a economia; confira a agenda desta terça (18)

Ontem, o aumento da incerteza fiscal movimentou o mercado brasileiro, com discussões sobre o Orçamento brasileiro e reflexos dos embates envolvendo a Medida Provisória (MP) que trazia alterações aos créditos do PIS/Cofins. Todos os fatores reunidos fizeram com que o Dólar chegasse à cotação de R$ 5,42 e o Ibovespa (IBOV) recuasse, alcançando os 119.138 pontos.

A agenda presidencial de hoje (18) está menos focada na economia em comparação com a de segunda-feira, quando diversas reuniões com ministros da área, como Fernando Haddad, da Fazenda, foram feitas. Serão realizadas conferências com Rui Costa, ministro da Casa Civil, ao longo do dia e, uma delas, terá a presença de Alexandre Silveira, de Minas e Energia.

Pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala com Mílton Jung e Cássia Godoy ao Jornal da CBN. Segundo o presidente, durante o programa, “eu fiquei perplexo. A gente discutindo corte de R$ 10 bilhões, R$ 15 bilhões, R$ 11 bilhões aqui e, de repente, você descobre que tem R$ 546 bilhões no benefício fiscal”.

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De acordo com ministros, durante a reunião de ontem, Lula ficou impressionado com o alto nível de subsídios existentes no país e surpreso com a queda da carga tributária no ano passado.

A agenda do ministro Haddad, que esteve movimentada no começo da semana, não apresentava compromissos pela manhã da terça-feira. Por outro lado, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, participa da primeira sessão da Reunião do Copom, em Brasília, das 10h às 12h e, depois, entre as 14h e 17h30.

Confira a agenda do presidente Lula desta terça-feira (18)

Economia

Com os olhos do mercado voltados para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (19), a agenda local desta terça-feira (18) permanece mais calma.

Apesar dos cortes feitos nas últimas sessões do Copom, as expectativas do mercado estão baixas para a nova decisão.

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De acordo com o economista e estrategista Macro do BTG Pactual Portfolio Solutions, Álvaro Frasson, “não há outra boa condução para este momento que não seja a manutenção, dado que teve um estresse muito grande da última reunião para cá”.

“O câmbio depreciou, as expectativas [de inflação] continuaram desancorando e, fora isso, o tom e o sentimento da política fiscal também se deterioraram”, afirmou em entrevista ao Money Times.

Para Frasson, uma eventual unanimidade na decisão do Comitê é importante para a credibilidade do Banco Central (BC) e a ancoragem das expectativas. Na última reunião, cinco membros votaram em uma redução de 0,25 ponto percentual (p.p.), enquanto os quatro demais optaram por um corte de 0,50 p.p.

Já nos Estados Unidos, sairão os resultados de vendas no varejo e produção industrial, em um momento em que o Federal Reserve vem se mostrando cauteloso quando o assunto é início do seu afrouxamento monetário. 

Na semana passada, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) optou pela manutenção nos juros de referência dos Estados Unidos. A taxa segue no intervalo entre 5,25% e 5,50% pela sétima reunião consecutiva.

Confira a agenda econômica desta terça-feira (18)