Lula e Zelenskyy se encontram em Nova York: ‘Discussão honesta e construtiva’
O presidente Luís Inácio Lula da Silva teve um encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, na quarta-feira (20) em Nova York, nos Estados Unidos.
A reunião que durou um pouco mais de uma hora foi para afinar as discussões acerca do posicionamento do Brasil em relação à guerra na Ucrânia. Após desencontros e falas polêmicas de Lula sobre o líder russo e as terras da Ucrânia, o encontro parece ter sido satisfatório para Zelenskyy.
Em sua conta no X (antigo Twitter), o líder ucraniano celebrou a conversa diplomática que teve com o brasileiro. “Após a nossa discussão honesta e construtiva, instruímos as nossas equipes diplomáticas a trabalhar nos próximos passos nas nossas relações bilaterais e nos esforços de paz”, escreveu.
Important meeting with @LulaOficial.
Following our honest and constructive discussion, we instructed our diplomatic teams to work on the next steps in our bilateral relations and peace efforts.
Brazilian representative will continue to take part in the Peace Formula meetings. pic.twitter.com/kC7f6MF0FZ
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) September 20, 2023
“Foi uma reunião muito importante porque foi um primeiro contato pessoal entre os dois”, disse o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, lembrando que ambos já haviam conversado por telefone e por videoconferência. “O que houve hoje foi um entendimento mútuo muito bom, o presidente Zelenskyy explicou todas as suas posições.”
Mauro Vieira acrescentou que Lula deixou claro que o Brasil condena a invasão do território ucraniano. Por vezes, nos últimos meses, a posição do presidente brasileiro foi interpretada como dúbia por Zelenskyy e outros governos, quando Lula colocou em igualdade a culpa de ambos os países na guerra, ou afirmou que nenhum dos dois queria parar a guerra por acharem que iriam vencer.
O primeiro encontro entre Zelenskyy e Lula vinha sendo preparado há meses. O governo ucraniano solicitou a reunião em Nova York após um desencontro entre os dois líderes na cúpula do G7 na cidade japonesa de Hiroshima, em maio.
*Com informações da Reuters