Lula e o grande mistério de sua posse
A cerimônia que oficializará a posse de Lula ocorre no próximo dia 1º de janeiro, mas um grande mistério ainda paira sobre o evento: o Rolls-Royce presidencial.
No último dia 7 de dezembro, a primeira-dama e organizadora da cerimônia Rosângela Lula da Silva disse à imprensa que o veículo teria sido danificado na posse de Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019, o pode tirá-lo de cena no próximo dia 1.
Sem dar muitos detalhes, Janja deixou no ar que a avaria poderia ter ocorrido no banco do veículo. A versão foi contestada pelo atual governo, que garante que o carro se encontra em “perfeitas condições de funcionamento”.
Após toda a polêmica, a Polícia Federal informou que fará uma inspeção no veículo a fim de determinar as condições do mesmo para o evento.
A informação foi repassada pelo embaixador Fernando Igreja nesta quarta-feira (14), durante entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, sede do governo de transição de Lula (PT).
Com o Rolls-Royce ou sem, Janja garantiu que o desfile pela Esplanada dos ministérios ocorrerá em um carro aberto.
A expectativa é que mais de 350 mil pessoas compareçam aos eventos da posse, que, além dos ritos protocolares, contará também com apresentações de artistas como Chico César, Margareth Menezes, Martinho da Villa e Pabllo Vittar.
70 anos de história
O Rolls-Royce Silver Wraith, que significa “Espectro de Prata” em inglês, é um senhor de respeito. Fabricado em 1952 na Inglaterra, a unidade embarcou para o Brasil em fevereiro de 1953 no navio Highland Princess.
O translado aconteceu de Londres para a cidade do Rio de Janeiro. Assim, seu primeiro “trabalho” por aqui foi em 1953. Ele levou o presidente Getúlio Vargas, durante as comemorações do Dia do Trabalho, em Volta Redonda.
De lá para cá, o Espectro de Prata tem sido rotineiramente utilizado em cerimônias oficiais para o transporte do chefe do Executivo brasileiro.
Mas não só: a falecida rainha da Inglaterra, Elizabeth II, e o cosmonauta Iuri Gagarin, primeiro ser humano a ir ao espaço, também pegaram carona no “setentão”.