Lula e Haddad despertam a fúria dos empresários; confira a agenda desta sexta (05)

O plano do ministro Fernando Haddad de editar uma Medida Provisória para tentar driblar a desoneração da folha de pagamento vem gerando atritos entre o governo e setores da economia. Mas a relação parece ter piorado desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a MP.

Apesar de o governo ter jogado o início das regras para  1º de abril de 2024 — e não 1º de janeiro, como estava previsto — oito dos 17 setores foram excluídas do programa de desoneração.

Em nota, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Confederação Nacional do Transporte (CNT) expressam a insatisfação com o caminho adotado pela equipe econômica.

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Segundo as entidades empresariais, a medida aumenta os custos de empregar no Brasil e prejudica a competitividade do produto e do serviço brasileiros tanto no comércio internacional quanto no mercado interno.

“Além de equivocada do ponto de vista econômico, a MP 1202 anula decisões recentes do Congresso Nacional, que por duas vezes em 2023 decidiu pela manutenção da desoneração da folha de pagamento, tendo sido derrubado o veto da Presidência da República, numa demonstração inequívoca da vontade política”, diz a nota.

A agenda de Lula não foi confirmada. Vale lembrar que o presidente deixou Brasília no final de dezembro com destino à Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro, onde passou a virada de ano, e continua despachando de forma remota. Ele retornou para a capital federal ontem, dia 4 de janeiro.

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O Congresso segue em período de recesso, enquanto o ministro Fernando Haddad volta de férias na semana que vem, dia 12 de janeiro.

Economia

A primeira semana do ano termina com os dados do payroll, o relatório de emprego nos Estados Unidos. As projeções são de 170 mil novas vagas criadas em dezembro.

Caso o payroll venha acima das expectativas, o Federal Reserve pode endurecer o seu discurso e manter a taxa de juros elevada por mais tempo. Isso acabaria de vez com as apostas de um reajuste para baixo a partir de março.

Além disso, hoje também tem o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro.