Lula e Bolsonaro protagonizam os embates mais duros usando direitos de resposta no debate da Globo
Embates diretos entre o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcam o começo do debate entre os presidenciáveis na TV Globo, na noite nesta quinta-feira, com troca de acusações de corrupção e ofensas.
Em pouco mais de 40 minutos, Lula e Bolsonaro dominaram as falas, com as trocas de acusações e, consequentemente, os direitos de respostas em que mais acusações eram feitas.
Lula recebeu quatro direitos de resposta e, Bolsonaro, três, o que levou ambos a ocupar a maior parte do programa.
Em uma dobradinha com o padre Kelmon, do PTB, que fez uma pergunta a Bolsonaro e abriu espaço para o presidente falar o que quisesse, o presidente usou sua fala apenas para atacar Lula, que hoje está em primeiro lugar nas principais pesquisas.
“Nós não podemos continuar em um país das roubalheiras”, disse Bolsonaro, depois de enfileirar uma série de referência a casos de corrupção do PT e acusações a Lula.
Em seu direito de resposta, Lula citou os escândalos de corrupção que vieram à tona no governo de Bolsonaro, como as acusações de que há esquema de rachadinha nos gabinetes de seus filhos, e a investigação sobre a cobrança de propinas no Ministério da Educação e a revelação da compra de 51 imóveis em dinheiro vivo pela sua família.
“O mínimo que se espera num debate é que o atual presidente tivesse seriedade e honestidade. Ele vem falar que eu montei quadrilha quando ele montou rachadinha. Ele precisava se olhar no espelho e saber o que está acontecendo no governo dele”, disse Lula.
O ex-presidente seguiu à risca a estratégia de sua campanha de não deixar acusações sem respostas, em um tom muito mais duro do que usou no debate da rede Band, onde a estratégia criticada depois foi de não mostrar agressividade.
Já Bolsonaro também chegou ao debate decidido a partir para o ataque, em um esforço para tentar garantir a realização do segundo turno.
O presidente levantou até mesmo acusações infundadas de envolvimento de Lula no assassinato em 2002 do petista Celso Daniel, prefeito de Campinas.
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