Política

Lula e Bolsonaro enfrentarão 2º turno muito acirrado, diz Futura

06 out 2022, 7:05 - atualizado em 06 out 2022, 7:05
Lula e Bolsonaro
Os eleitores do presidente Jair Bolsonaro são mais engajados do que os do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse José Luiz Orrico, fundador e sócio da Futura (Imagem: Bloomberg)

A disputa final para a presidência será muito acirrada e é muito cedo para dizer quem será o vencedor do segundo turno em 30 de outubro, segundo avaliação da Futura Inteligência.

Os eleitores do presidente Jair Bolsonaro são mais engajados do que os do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse José Luiz Orrico, fundador e sócio da Futura.

Os apoios angariados pelos dois candidatos nos últimos dias provavelmente não se refletirão em muitos votos, já que os políticos têm menos influência sobre um eleitorado mais bem informado, segundo ele.

“Eleitor hoje tem muito mais acesso à informação e temos duas figuras muito populares”, afirmou Orrico em entrevista. “Se você vai votar em Lula, não é porque alguém pediu.”

As pesquisas eleitorais, que já estavam sendo criticadas por políticos e por integrantes do mercado financeiro por discordarem de suas conclusões antes do primeiro turno, voltaram a ser criticadas depois de subestimarem Bolsonaro.

A maioria das grandes pesquisas tinha o atual presidente entre 36% a 38% dos votos válidos na véspera da eleição de domingo, muito abaixo dos 43% que ele recebeu.

As pesquisas da Futura estão entre as que chegaram mais perto. A pesquisa divulgada em 30 de setembro, encomendada pela corretora Modalmais, mostrava Bolsonaro com 40,5% dos votos válidos – que excluem os votos em branco ou nulos – e Lula com 43,6%. O ex-presidente acabou recebendo 48% dos votos no domingo.

No início da campanha presidencial, a Futura mostrava Bolsonaro à frente de Lula, cenário que se inverteu no final de setembro, convergindo com as conclusões de outras pesquisas, já que os eleitores que buscavam um único turno migraram para o ex-presidente, disse Orrico.

As pesquisas presenciais, amplamente consideradas o “padrão ouro” no Brasil, estão enfrentando problemas em meio à desconfiança dos eleitores e dificuldades em alcançar os segmentos mais ricos da população, segundo ele. Isso pode se tornar crucial, pois a região Sudeste, a mais rica do país, será fundamental para determinar o vencedor da corrida.

“O Sudeste foi decisivo no primeiro turno e sigo achando que será decisivo no segundo turno também.”

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