Lula diz que terá que conversar com atacadistas para avaliar como reduzir preços dos alimentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (20) que o governo fará uma reunião com atacadistas para avaliar como reduzir os preços dos alimentos, ressaltando que, em um cenário de câmbio desvalorizado, os produtores não podem cobrar no mercado doméstico os mesmos preços adotadas nas exportações.
O presidente disse desejar que o Brasil continue exportando produtos alimentícios, mas que é preciso trabalhar para que não faltem alimentos dentro do país.
“Vamos ter que fazer uma reunião com os atacadistas para ver como a gente pode trazer isso para baixo. Porque o fato de estar vendendo produto em dólar, que está alto, não significa que você pode botar o preço para o brasileiro o mesmo que você exporta”, disse Lula em entrevista à rádio Tupi, do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira.
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Lula disse ainda que em 2024 o Brasil enfrentou diversos problemas climáticos, com seca extrema no Norte e Centro-Oeste e muita chuva no Sul, o que afetou a safra brasileiro. Da mesma forma, afirmou, alguns países tiveram problemas de safra, o que fez alguns produtos ficarem mais escassos.
“Obviamente, quando temos momentos como esse que a gente está vivendo não se pode controlar do dia para a noite”, afirmou.
Lula foi também questionado sobre o déficit das contas públicas, e voltou a dizer que os gastos do governo estão sob controle.
“Se tem uma pessoa que quer cuidar do déficit fiscal zero sou eu, mas a gente não vai ser irresponsável de fazer o povo pobre se sacrificar”, afirmou.