Política

Lula diz que, se vencer, espera telefonema de Bolsonaro aceitando resultado

24 out 2022, 15:56 - atualizado em 24 out 2022, 15:56
Lula
O ex-presidente afirmou ainda que a escolha que os eleitores farão no próximo domingo é entre a democracia e o que chamou de “barbárie do neofascismo” (Imagem: Flickr/ Lula Oficial/Ricardo Stuckert)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira esperar que, caso vença o segundo turno da eleição presidencial no próximo domingo, o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), lhe telefone para reconhecer a derrota e aceitar o resultado do pleito.

“Eu espero que, eu ganhando as eleições, ele tenha um minuto de sensatez, pegue o telefone e me telefone aceitando o resultado da eleição. É assim que a gente procede no Brasil desde que fui candidato pela primeira vez em 1989”, disse Lula em entrevista coletiva em São Paulo ao ser perguntado qual sua expectativa sobre a reação de Bolsonaro diante de uma vitória petista no domingo.

Por mais de uma vez, Bolsonaro se recusou a responder de forma taxativa se aceitará o resultado eleitoral caso saia derrotado. Com frequência, o presidente faz questionamentos sem fundamento e alegações falsas sobre o sistema eletrônico de votação e as urnas eletrônicas.

“A suspeição que ele colocou nas urnas é uma suspeição que não tem nenhuma procedência. Ele foi eleito metade dos seus mandatos de deputado pela urna eletrônica, ele foi eleito presidente pela urna eletrônica. Ou seja, só quando ele perde é que ele acha que a urna eletrônica pode ser suspeita? Não é possível”, disse Lula.

O ex-presidente afirmou ainda que a escolha que os eleitores farão no próximo domingo é entre a democracia e o que chamou de “barbárie do neofascismo”.

Lula também disse que, na reta final da campanha, pretende fazer um apelo para que as pessoas compareçam para votar no domingo e focar o debate em temas econômicos.

Ele também insistiu em classificar o ex-deputado Roberto Jefferson como aliado de Bolsonaro e disse que o episódio em que o ex-parlamentar feriu dois policiais federais que foram cumprir mandado de prisão contra ele, ao resistir à prisão com tiros de fuzil e lançamentos de granadas, é, em sua avaliação, resultado do que o atual presidente plantou no país.

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