Lula, Bolsonaro, Tebet ou Ciro: Quem ganhou (e perdeu) o debate da Globo?
Após mais de três horas de duração, o último debate presidencial antes do primeiro turno, realizado pela TV Globo, termina com “muitos memes e pouco conteúdo”, avalia o cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rodrigo Prando, em entrevista ao Money Times.
Para o especialista, no entanto, a candidata do MDB, Simone Tebet, teve o melhor desempenho entre os postulantes.
“Da mesma maneira que Tebet foi a melhor do debate da Band, nesta ela também foi a melhor. Ponderada, fez a crítica a Lula e a crítica a Bolsonaro, debateu e foi educada. Sai como o destaque, não só do debate, mas como da eleição”, afirma.
- Independente do resultado das eleições: saiba quais são as três boas ações de empresas não estatais que estão baratas e podem entregar muito valor no curto prazo. Acesse o link e baixe o material gratuito
Além disso, Prando coloca que o ex-presidente e candidato Lula “conseguiu manter a calma e sobressair-se”.
O ex-presidente foi um dos principais alvos. Além de Jair Bolsonaro, o candidato padre Kelmon, do PTB, Luiz Felipe D’avila, do Novo, e Ciro Gomes, do PDT, também centraram fogo no ex-presidente, principalmente nos escândalos de corrupção.
“De certa maneira, o candidato do Novo, por conta da agenda liberal, acaba servindo de escada para Bolsonaro em alguns momentos do debate. Esses três (D’avila, Kelmon e Bolsonaro) bateram no Lula e na esquerda”, coloca.
Para Prando, é natural que o tema seja abordado pelo adversários, já que a corrupção esteve presente “e ele (Lula) tem que prestar contas disso”.
Ao se defender, Lula apelava para o que seu governo, especialmente no primeiro mandato, significou no campo social e econômico.
“Quem conseguiu mexer psicologicamente com Lula não foi nem o Bolsonaro, mas foi o Padre Kelmon. Nesse sentido, embora muita gente diga que ele pode ter se prejudicado, a percepção do eleitorado é que ele também bateu no momento certo de alguém que estava ali como impostor, tentando atacá-lo”, explica.
- Independente do resultado das eleições: saiba quais são as três boas ações de empresas não estatais que estão baratas e podem entregar muito valor no curto prazo. Acesse o link e baixe o material gratuito
O candidato do PTB questionou o petista sobre os casos de corrupção durante seu governo, que em resposta, questionou os interesses do candidato no debate.
O mediador do debate, o jornalista Wiliam Bonner, teve que interromper algumas vezes para reestabelecer a ordem nesse momento.
“Foi um debate extremante tenso, como ficou claro nos pedidos de respostas até tirar o mediador do sério, o Bonner. Agora, não tinha como não ser diferente. As pesquisas indicam uma possibilidade matemática do Lula“, explica.
“O presidente Bolsonaro precisa ir para o tudo ou nada para levar a disputa para o segundo turno”, completa.
Pesquisa de intenção de voto Datafolha divulgada pela TV Globo nesta quinta-feira (29) mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no limite dos votos válidos para conseguir uma vitória no primeiro turno das eleições para presidente da República no dia 2 de outubro.
O que muda depois do debate?
- Independente do resultado das eleições: saiba quais são as três boas ações de empresas não estatais que estão baratas e podem entregar muito valor no curto prazo. Acesse o link e baixe o material gratuito
Para Prando, o debate não mexe no cenário eleitoral.
“Todos os eventos até então não mudaram as pesquisas há mais de um ano, pelo menos, a liderança de Lula seguida de Bolsonaro. Mas foi uma audiência muito grande”, discorre.
A Globo chegou a marcar 30 pontos de audiência no primeiro bloco.
MONEY TIMES NAS ELEIÇÕES 2022!
Assista à série especial com as propostas para a economia dos candidatos à Presidência da República! Siga o Money Times no Facebook!