Lula ainda não definiu ministro para economia; veja os possíveis candidatos ao cargo
O ex-presidente Lula (PT) está sendo pressionado para confirmar quem será o seu ministro da economia, caso vença a corrida eleitoral. No entanto, ontem, o candidato deixou claro que não vai tomar essa decisão agora.
Lula publicou em seu Twitter que primeiro ele tem que ganhar as eleições, mas deu algumas dicas do que se pode esperar. Na publicação, o ex-presidente diz que “não vai ser só com o meu partido que eu vou construir” – isso sugere que o seu ministro pode ser aliado de um partido de direita.
Se confirmado, será uma forma de Lula sinalizar para o mercado que está disposto a seguir uma linha econômica mais centrista.
Se eu tiver 10 economistas aqui e escolher 1 para indicar como ministro agora, eu perco os outros 9. Primeiro eu tenho que ganhar as eleições. E não vai ser só com o meu partido que eu vou construir. Fico feliz quando vejo economistas que trabalharam com o FHC nos apoiando.
— Lula 13 (@LulaOficial) October 6, 2022
O posicionamento do candidato foi o mesmo durante um evento com representantes do PSD no Rio de Janeiro.
“Você está falando com o cidadão que já foi candidato a presidente em 1989, 1994, 1998, 2002 e 2006. Nunca ninguém me pediu para indicar um ministério antes. É loucura alguém imaginar que você pode indicar um time antes”, disse.
Lista de ouro
Um dos nomes comentados é Henrique Meirelles, que foi ministro da Fazenda no governo de Michel Temer e presidente do Banco Central no governo Lula, entre 2003 e 2010.
O economista já negou que tenha sido convidado para assumir o cargo, mas diz estar disposto a conversar sobre a possibilidade. Hoje, ele é filiado ao União Brasil, mas já foi próximo do MDB, partido de Simone Tebet.
Também aumentaram as especulações em relação aos últimos economistas de peso que se manifestaram a favor do petista. Ontem, Armínio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Pérsio Arida divulgaram uma nota declarando voto em Lula no segundo turno, mesmo o grupo sendo ligado ao PSDB.
Armínio Fraga foi presidente do Banco Central durante o segundo mandato do governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1999 e 2003.
Já Edmar Bacha é um dos chamados pais do Plano Real e também foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Junto com ele na criação do Plano Real estão Pedro Malan, que foi ministro da Fazenda durante o governo Fernando Henrique, além de presidente do Banco Central no governo Itamar Franco; e Pérsio Arida, presidente do BC e do BNDES também no período do FHC.
Em entrevista à Globonews, Arida negou estar conversando com o candidato sobre assumir o ministério em uma eventual vitória. Durante a conversa, também surgiu o nome de André Lara Resende, mas Arida optou por não comentar.
O economista também é um dos formuladores do Plano Real e declarou apoio a Lula recentemente. Ele foi diretor do Banco Central e presidente do BNDES.
O mercado também não descarta a possibilidade de Geraldo Alckmin assumir a pasta. O ex-governador de São Paulo é vice-presidente na campanha de Lula.
Desde antes do início da corrida eleitoral, a aproximação de Lula e Alckmin foi muito bem calculada. Trazer o ex-governador de São Paulo era uma forma de convencer o empresariado de que o ex-presidente está comprometido com o mercado financeiro.
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