Lula afirma que não abrirá mão da responsabilidade fiscal; o que esperar do Ibovespa (IBOV)
O investidor começa a semana repercutindo as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ontem à noite, Lula fez um pronunciamento em rede nacional para apresentar o balanço do seu terceiro governo, que completou um ano e meio.
Na ocasião, ele aproveitou para reforçar que não abrirá mão da responsabilidade fiscal, lembrando que foi aprovada a reforma tributária.
“Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho. É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais. Aprovamos uma reforma tributária que vai descomplicar a economia e reduzir o preço dos alimentos e produtos essenciais, inclusive a carne”
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Vale lembrar que as falas do presidente acontecem após declarações controversas em relação ao arcabouço fiscal. Há duas semanas, em trechos descontextualizados de uma entrevista à Record, Lula disse que não é obrigado a cumprir a meta fiscal se tiver “coisas mais importantes para fazer”.
As falas vazaram para o mercado financeiro antes de o conteúdo na íntegra ser divulgado, causando mal-estar com os agentes econômicos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisou intervir para acalmar os ânimos e, pouco depois, o governo anunciou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões e um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no Orçamento de 2024, totalizando R$ 15 bilhões.
Lula ainda comentou sobre a atividade econômica: “Apostavam que o crescimento do PIB não passaria de 0,8%, mas crescemos quase 3% no ano passado, e vamos continuar crescendo”, disse.
Para hoje, as atenções estão voltadas para o Relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central. Além disso, a Petrobras (PETR3; PETR4) libera o seu relatório de produção do segundo semestre — o documento deverá direcionar analistas quanto aos resultados (e aos dividendos).
Na agenda dos balanços, a programação é de resultados da CCR (CCRO3) e Intelbras (INTB3), ambas após o fechamento do mercado.
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No último pregão, o Ibovespa (IBOV) interrompeu a sequência de baixas com salto de mais de 2 mil pontos e quase zerou as perdas da semana.
O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 1,22%, aos 127.492,49 pontos. Na semana, o índice ficou próximo da estabilidade, com leve queda 0,08%.
Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,6579 (+0,18%). Nos últimos cinco pregões, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,96%.
O que esperar de Wall Street
Do lado internacional, a segunda-feira é de agenda vazia. Os mercados aguardam pelos dados de emprego nos Estados Unidos e pela Super-Quarta.
O Federal Reserve deve manter os juros no atual patamar. A questão é se essa será ou não a última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de manutenção. A ferramenta de monitoramento do CME FedWatch aponta para três cortes nas taxas de juros a partir de setembro.
As bolsas internacionais e futuros de Wall Street operam no positivo.
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta segunda-feira (29)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: +2,13%
- Hong Kong/Hang Seng: +1,28%
- China/Xangai: +0,03%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: +0,86%
- Frankfurt/DAX: +0,38%
- Paris/CAC 40: -0,18%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: +0,59%
- S&P 500: +0,40%
- Dow Jones: +0,38%
Commodities
- Petróleo/Brent: -0,21%, a US$ 80,11 o barril
- Petróleo/WTI: -0,29%, a US$ 76,94 o barril
- Minério de ferro: +0,06%%, a US$ 107,55 por tonelada, na Bolsa de Dalian
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): +3,12%, a US$ 69.668
- Ethereum (ETH): +4,27%, a US$ 3.387
Boa segunda-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!