Eleições 2022

Lula 14 x Bolsonaro 13: Veja os Estados em que cada um venceu o primeiro turno das eleições

03 out 2022, 0:33 - atualizado em 03 out 2022, 1:43
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Disputa equilibrada: Lula e Bolsonaro entram no segundo turno das eleições com bons Estados como aliados (Imagem: AFP)

Com quase 100% das urnas apuradas, o quadro que emerge do primeiro turno das eleições presidenciais, realizado neste domingo (02), mostra uma disputa bem mais apertada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual, Jair Bolsonaro (PL), do que se supunha com base nas pesquisas de intenção de voto.

Lula venceu em 14 Estados; Bolsonaro faturou 13. Quando se observa o desempenho dos dois nos maiores colégios eleitorais do país, a maior surpresa fica com São Paulo, onde Bolsonaro conquistou uma confortável vitória com sete pontos percentuais de diferença, contrariando os institutos de pesquisa.

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No Rio de Janeiro, o ex-capitão do Exército goleou o ex-sindicalista por um placar de 51,09% a 40,68% dos votos válidos.

Em Minas Gerais, considerado um espelho da eleição nacional, Lula venceu, mas com uma diferença menor que a imaginada. Como os analistas costumam dizer, desde a redemocratização, em 1986, todo candidato que vence em Minas acaba, também, conquistando a eleição no país.

Eleições 2022: Veja os Estados em que Lula e Bolsonaro venceram no primeiro turno

Estado Urnas apuradas (%) 1º lugar (% votos válidos) 2º lugar (% votos válidos) 3º lugar (% votos válidos) 4º lugar (% votos válidos)
Brasil 99,80 Lula (48,38%) Bolsonaro (43,24%) Simone Tebet (4,16%) Ciro Gomes (3,05%)
Exterior 97,37 Lula (47,43%) Bolsonaro (41,37%) Ciro Gomes (4,55%) Simone Tebet (4,46%)
Acre 100,00 Bolsonaro (62,50%) Lula (29,26%) Simone Tebet (4,56%) Ciro Gomes (2,79%)
Alagoas 100,00 Lula (56,50%) Bolsonaro (36,05%) Simone Tebet (3,91%) Ciro Gomes (2,53%)
Amapá 100,00 Lula (45,67%) Bolsonaro (43,41%) Simone Tebet (6,36%) Ciro Gomes (3,39%)
Amazonas 99,42 Lula (49,40%) Bolsonaro (42,95%) Simone Tebet (4,25%) Ciro Gomes (2,18%)
Bahia 99,20 Lula (69,65%) Bolsonaro (24,36%) Ciro Gomes (2,59%) Simone Tebet (2,35%)
Ceará 99,93 Lula (65,90%) Bolsonaro (25,38%) Ciro Gomes (6,80%) Simone Tebet (1,22%)
Distrito Federal 100,00 Bolsonaro (51,65%) Lula (36,85%) Simone Tebet (5,98%) Ciro Gomes (4,22%)
Espírito Santo 100,00 Bolsonaro (52,23%) Lula (40,40%) Simone Tebet (3,84%) Ciro Gomes (2,53%)
Goiás 100,00 Bolsonaro (52,16%) Lula (39,51%) Simone Tebet (4,64%) Ciro Gomes (2,46%)
Maranhão 98,51 Lula (68,67%) Bolsonaro (26,16%) Ciro Gomes (2,55%) Simone Tebet (2,08%)
Mato Grosso 99,99 Bolsonaro (59,85%) Lula (34,39%) Simone Tebet (3,04%) Ciro Gomes (1,60%)
Mato Grosso do Sul 100,00 Bolsonaro (52,70%) Lula (39,04%) Simone Tebet (5,29%) Ciro Gomes (1,95%)
Minas Gerais 1,00 Lula (48,28%) Bolsonaro (43,60%) Simone Tebet (4,17%) Ciro Gomes (2,58%)
Pará 99,98 Lula (52,18%) Bolsonaro (40,30%) Simone Tebet (4,36%) Ciro Gomes (2,48%)
Paraíba 100,00 Lula (64,21%) Bolsonaro (29,62%) Ciro Gomes (3,15%) Simone Tebet (2,36%)
Paraná 100,00 Bolsonaro (55,26%) Lula (35,99%) Simone Tebet (4,72%) Ciro Gomes (2,75%)
Pernambuco 99,98 Lula (65,26%) Bolsonaro (29,92%) Ciro Gomes (2,39%) Simone Tebet (1,77%)
Piauí 99,62 Lula (74,20%) Bolsonaro (19,95%) Ciro Gomes (2,91%) Simone Tebet (2,07%)
Rio de Janeiro 99,99 Bolsonaro (51,09%) Lula (40,68%) Simone Tebet (3,87%) Ciro Gomes (3,19%)
Rio Grande do Norte 99,97 Lula (62,98%) Bolsonaro (31,02%) Ciro Gomes (3,57%) Simone Tebet (1,92%)
Rio Grande do Sul 100,00 Bolsonaro (48,89%) Lula (42,28%) Simone Tebet (4,79%) Ciro Gomes (2,88%)
Rondônia 99,95 Bolsonaro (64,37%) Lula (28,97%) Simone Tebet (3,46%) Ciro Gomes (2,14%)
Roraíma 100,00 Bolsonaro (69,57%) Lula (23,05%) Simone Tebet (4,34%) Ciro Gomes (2,25%)
Santa Catarina 100,00 Bolsonaro (62,21%) Lula (29,54%) Simone Tebet (4,42%) Ciro Gomes (2,05%)
São Paulo 100,00 Bolsonaro (47,71%) Lula (40,89%) Simone Tebet (6,34%) Ciro Gomes (3,50%)
Sergipe 100,00 Lula (63,82%) Bolsonaro (29,16%) Simone Tebet (3,24%) Ciro Gomes (3,10%)
Tocantins 100,00 Lula (50,40%) Bolsonaro (44%) Simone Tebet (2,93%) Ciro Gomes (2,11%)

Assim que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmou que haverá segundo turno na eleição presidencial, Lula e Bolsonaro deram declarações públicas exibindo parte da estratégia para conquistar o Palácio do Planalto, no próximo dia 30 de outubro.

Lula sobre segundo turno: “É apenas uma prorrogação”

Para Lula, o desafio é manter o ânimo dos apoiadores, já que parte de seus aliados não escondia a expectativa de uma vitória já no primeiro turno. Em rápido pronunciamento à imprensa, o petista procurou mostrar que vê com tranquilidade a realização de mais um turno.

“Isso, pra gente, é só uma prorrogação”, afirmou. “Durante toda a campanha, estávamos na frente das pesquisas. Sempre achei que a gente ia ganhar as eleições, e vamos ganhar”, acrescentou.

Segundo o petista, o segundo turno será a oportunidade de debater os problemas dos brasileiros e de travar um embate franco com Bolsonaro. “Será importante para ter um debate tête-à-tête com o presidente, para saber se ele continuará contando mentiras ou vai falar a verdade”, disparou.

Como munição, Lula diz que deseja comparar o que fez em seus oito anos de governo com o que o ex-capitão realizou nos últimos quatro anos. “Eu nunca ganhei uma eleição no primeiro turno. Sempre venci no segundo turno”, recordou.

Bolsonaro sobre o segundo turno: “mostrar que algumas mudanças são para pior”

Na entrada do Palácio da Alvorada, Bolsonaro também respondeu a perguntas da imprensa, acompanhado de um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro. Segundo o presidente, o segundo turno vai equiparar as condições com o rival, como o tempo de televisão.

O ex-capitão afirmou que sua estratégia para vencer será mostrar que “a mudança que alguns querem pode ser para pior”. Ele pretende confrontar o petista com a situação econômica de governos de esquerda na América Latina, como o de Alberto Fernández, na Argentina, e de Nicolás Maduro, da Venezuela.

“Entendo que é por aí que será o nosso trabalho no segundo turno”, acrescentou. Em paralelo, Bolsonaro afirmou que deseja usar as próximas semanas para esclarecer as ações que adotou para mitigar a crise econômica causada pela pandemia de coronavírus e repetiu um bordão já conhecido – o de que foi contra o que chama de “política do fique em casa”.

 

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