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Luiza Trajano: Empresários também são responsáveis pela desigualdade social

04 fev 2023, 16:36 - atualizado em 04 fev 2023, 16:46
Luiza Trajano, disse que o combate à desigualdade social é uma responsabilidade de todos, inclusive de dirigentes de companhias (Imagem: Magazine Luiza – Magalu – Luiza Helena Trajano, CC BY 2.0)

Em Lisboa, durante Brazil Conference, Luiza Trajano disse que apenas 15% dos domicílios do País têm máquina de lavar automática e que é muito triste os moradores do sertão terem de andar 10 quilômetros para pegar a primeira condução
A presidente do Conselho do Magazine Luiza (MGLU3), Luiza Helena Trajano, disse que o combate à desigualdade social é uma responsabilidade de todos, inclusive de dirigentes de companhias, e não apenas de políticos.

“Vou ao sertão há 12 anos. É muito triste as pessoas terem que andar 10 km para pegar a primeira condução. Sem igualdade social não se desenvolve um pais”, afirmou. “Por favor, vamos sair do diagnóstico. Há 30 anos eu sei que a Educação é tudo. Temos que partir para fazer acontecer. Erra, redireciona. Acerta, multiplica.”

Ao falar em Lisboa no Brazil Conference, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais, Luiza destacou que o Brasil tem grande potencialidades de expansão, inclusive porque boa parte da população não possui vários bens, como produtos de utilidades domésticas.

A presidente do Conselho do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, disse que o combate à desigualdade social é uma responsabilidade de todos (Imagem: Reprodução Twitter/NYSE)

Ela apontou que do total de residência no País, 79% não têm aspirador de pó, 83% não têm cafeteira e 91% não possuem espremedor de frutas. “Só 15% dos lares têm máquina de lavar automática, um país que tem 214 milhões de habitantes. Tem muita oportunidade.”

A empresária disse que o Magazine Luiza vai continuar com a sua estratégia de vendas digitais aliadas às lojas físicas.

Segundo ela, 37 milhões de pessoas acessam o aplicativo na internet, a empresa tem 36 milhões de clientes ativos e 1.426 lojas físicas no País, 216 mil vendedores (sellers) no marketplace e 23 centros de distribuição.

“Setenta e três por cento das nossas vendas são digitais. A gente acredita em multicanalidade. O cliente compra em Belém pela internet, a gente transformou as lojas em pequenos centros de distribuição, e ele retira o produto na loja”, disse Luiza Helena. “O digital é uma cultura, do simples, da ponta.”