Luiza Trajano, do Magalu (MGLU3), volta a atacar alta dos juros e dessa vez alvo é Gabriel Galípolo
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Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza (MGLU3), voltou a criticar publicamente a alta dos juros. Durante um evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na sexta-feira (14), a empresária pediu que o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, não antecipe novas altas na taxa Selic.
Segundo o G1, Trajano afirmou que as pequenas e médias empresas não conseguem mais “sobreviver” com um patamar de juros elevados — atualmente, a Selic está em 13,25%, com mais uma alta de 1 ponto percentual, para 14,25%, contratada para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em março.
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Críticas de Luiza Trajano aos diretores do Banco Central não são novidade. Em 2023, ela também realizou apelos ao então presidente do BC, Roberto Campos Neto.
“Quero falar em nome do setor varejista, porque o varejo é o primeiro que sofre e o primeiro que demanda. A pequena e média empresa não aguenta mais sobreviver com isso, não tem condição. E é ela que gera emprego”, disse no evento.
Galípolo, que também esteve presente no evento, reconheceu a preocupação de todos com o país, mas sem deixar de defender que problemas estruturais precisam ser endereçados.
“Acho que muitas vezes somos críticos ao Brasil porque muitas vezes as transformações não ocorrem na velocidade e com a linearidade que a gente gostaria que acontecesse”, disse o mandatário.
Fim do ciclo de altas nos juros no radar?
Com a piora das expectativas para inflação e alívio no câmbio, o Banco Inter revisou as projeções para os principais indicadores econômicos brasileiros, incluindo a Selic. O banco reduziu a previsão para a taxa básica de juros de 15% para 14,75% no final do ciclo de aperto monetário do Banco Central.
Na análise do banco, além da subida dos juros na próxima reunião, o BC deve elevar a Selic em 0,5 ponto percentual, para 14,75%, em maio — sendo o último ajuste do ciclo.
“Os sinais de desaceleração da atividade e a acomodação do câmbio em R$ 5,80 são os principais fatores para uma pausa no ciclo a partir de junho”, diz o relatório assinado pela economista-chefe Rafaela Vitória.
Vitória ainda considera um cenário “alternativo”, em que o Copom faça uma pausa no ciclo de altas já em maio, com a manutenção da Selic em 14,25%.
Nesse cenário, “a execução do orçamento público considera os cortes de gastos anunciados e resultaria em um menor impulso fiscal, elevando a potência da política monetária”, afirma a economista-chefe.
*Com informações do G1 e Liliane de Lima