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Luiza Trajano, do Magalu (MGLU3), afirma que ‘taxação das blusinhas’ ficou justa; entenda

13 jun 2024, 10:56 - atualizado em 13 jun 2024, 10:56
luiza trajano magalu
Luiza Trajano aponta “taxação das blusinhas” como justa (Imagem: Wikimedia Commons)

A empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza (MGLU3), afirmou, em entrevista para o jornal O Globo, que a taxação das importações de até US$ 50 ficou justa, ainda que a alíquota de 20% esteja abaixo do reivindicado inicialmente.

Conhecida como “taxação das blusinhas”, a tributação impacta as empresas que usufruem de isenção no imposto de importação nas remessas internacionais de até US$ 50, benefício este concedido para aquelas certificadas no Programa Remessa Conforme, da Receita Federal.

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O Magazine Luiza, inclusive, está entre as empresas certificadas, mas, segundo Trajano, não será afetada, tendo em vista que o ticket médio da empresa é mais elevado. Ao jornal O Globo, ela afirmou que luta pela pequena e média empresa, que aponta como profundamente afetadas.

“Ficou os 20%, e ficamos felizes, é mais justo. Você pode comprar uma camisa mais barata com a isenção, mas você tira o emprego que vai fazer as pessoas terem o dinheiro para comprar a camisa”, disse ao jornal.

Para ela, não teria problema manter a isenção, contanto que o mesmo benefício se estendesse para as indústrias nacionais. A busca por isonomia tributária é uma das reivindicações de entidades que representam o varejo nacional desde a regulamentação do benefício.

“Nossa luta era para que caso se mantivessem a isenção dos importadores até US$ 50, que dessem a mesma isenção até US$ 50 para nós. Passou os 20%, não era o ideal, mas tem alguma coisa para brigar de igual para igual”.

Taxação das blusinhas: o que vem a seguir?

Câmara dos Deputados concluiu a análise do projeto de lei que cria o programa Mobilidade Verde e Inovação (Programa Mover), mantendo a cobrança de imposto sobre compras internacionais de até US$ 50.

A proposta já havia sido analisada uma primeira vez pela Câmara, passou pelo Senado — onde sofreu alterações — e teve de retornar aos deputados para uma segunda votação.

Agora, o projeto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não há clareza sobre qual será o movimento.

Na avaliação da analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, a tendência é que as varejistas chinesas percam um pouco de competitividade, na margem, beneficiando as varejistas nacionais.

Ela pondera que isso não é suficiente para reverter o cenário competitivo, de entrada dos produtos chineses no mercado brasileiro.

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