Luiz Cesta: Papo de gerente
Por Luiz Cesta, da Inversa Publicações
Caro leitor,
Você se recorda da última vez que foi abordado pelo(a) gerente daquele “bancão” que você tem conta?
– Temos um ótimo fundo para você investir, ao invés de sua poupança! Teria dito ele (ou ela).
Pois é, atire a primeira pedra quem nunca passou por isso.
Ainda que a intenção da pessoa seja realmente genuína (e essa é a parte boa da história), não há outra forma de conferir se, de fato, estamos falando de um bom investimento sem verificar suas características.
Geralmente, o fundo de renda fixa é o instrumento financeiro oferecido como primeira alternativa à poupança, que, lembrando, rende atualmente 4,55% ao ano.
Os fundos de renda fixa possuem, na maior parte dos casos, risco baixo, mas isso não significa “risco zero”. É importante sempre ler o regulamento deles para saber exatamente os instrumentos escondidos ali atrás das cotas do fundo.
Nos casos de fundos que investem somente em títulos do Tesouro pós-fixados, que basicamente buscam replicar o retorno da taxa de juros brasileira, a expectativa comum é que procuremos pelo de menor taxa de administração.
Isso parece ser bastante óbvio, mas não é o que acontece. Está cheio de fundos de renda fixa que ainda cobram 2, 3, 4% de taxa de administração!
Pensando nisso, pesquisei na categoria “renda fixa simples” e encontrei três fundos com aplicação mínima menor de R$ 500,00 que, acredito, fazem sentido para você poupador.
Esses fundos estão com a taxa de administração zerada! São eles:
– BTG Pactual Digital Tesouro Selic FI Renda Fixa Simples;
– Órama DI Tesouro FI Renda Fixa Simples LP; e
– Pi Tesouro Selic FI Renda Fixa Simples.
Assim que decidir em qual dos três pretende aplicar aquele recurso que, por enquanto, está deixado parado na poupança, basta abrir uma conta (gratuita) nas plataformas de distribuição das instituições desses fundos: BTG Pactual Digital, Órama Investimentos e Pi, respectivamente.
Entre esses três, eu tenho a minha preferência. Aliás, na edição desta semana da Fundos Expert, falamos exatamente sobre isso.
Como nem tudo são flores, cuidado com a mordida do leão, que pode ser grande ou pequena a depender do prazo pretendido de resgate – como expliquei aqui em outra oportunidade.
Mais uma vez, não se esqueça de olhar o regulamento de cada fundo antes de investir. Afinal, é lá que você encontrará as informações essenciais para saber se o investimento se adequa às suas necessidades.
E lembre-se sempre, rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.
Por hoje é só. Fique ligado porque que vamos falar com mais detalhes sobre uma outra categoria de fundos em nosso próximo encontro.
Até lá!
Luiz Cesta (@luizcesta)