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Luiz Cesta: Caça de unicórnios

13 set 2019, 15:04 - atualizado em 13 set 2019, 15:04
(Imagem: Dario Pignatelli/Bloomberg)

Por Luiz Cesta, da Inversa Publicações

Caro leitor,

É indiscutível que inovação e modernidade estão bem perto de nós, talvez ali dobrando a esquina. Todos os dias, eu e você somos surpreendidos com um app novo, serviços mais eficientes, tarefas que antes eram morosas e agora se resolvem em poucos cliques.

Nesse contexto, aparece cada vez mais frequentemente na mídia a palavra startup. Afinal, quem nunca ouviu falar das fintechs? Nada mais são do que startups que criam soluções no mercado financeiro e nos meios de pagamentos.

Uma aproximação minha, mais simplista sobre algumas startups, está na premissa de que se trata de um fenômeno de terceirização do investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) que sempre aconteceu nas empresas.

As empresas investiam em P&D e vendiam as inovações criadas internamente. Hoje, as grandes empresas fomentam esse investimento fora de seus domínios e, quando identificam uma startup criando tecnologia que possa ser aproveitada internamente, a aquisição por uma grande empresa acontece e vida que segue.

Vide o que aconteceu com a XP Investimentos, que nasceu startup, e cuja parcela do capital (49,9%) foi adquirida pelo Itaú Unibanco. Não é sempre assim, mas os investidores de startups encontram nessa venda para corporações uma potencial saída de seus investimentos.

+ Criptomoeda mais quente do mercado custa menos de R$ 1. Sua chance de ter ela antes de 99,9% dos investidores e lucrar absurdamente está aqui.

Com a abundância de capital disponível no mundo e busca por risco, as startups chamam cada vez mais a atenção. No mercado de fundos, não poderia ser diferente.

Lá na gringa, já é certo e fácil encontrar maneiras de se expor financeiramente às startups com investimentos nos chamados Venture Capital Funds. No Brasil, isso ainda engatinha, mas novidades não param de pipocar por aí.

Um exemplo dessa iniciativa está em fundos chamados “Capital Semente”. Ou se você quiser falar como os gringos: Seed Money Funds.

No juridiquês, esses fundos são constituídos como um FIP, sigla de Fundo de Investimento em Participações. Só para citar um exemplo: a gestora Domo Invest, cujo time contempla um dos fundadores do famoso site de comparação de preços Buscapé. Em conjunto com o BNDES, a gestora vai investir R$ 40 milhões em mais de 100 startups nos próximos três anos.

É certo que a liquidez desse tipo de investimento é praticamente nula para não dizer zero. Em investimentos do tipo, não há mercado secundário organizado e o investidor precisa ter a paciência de esperar de cinco a dez anos até que uma realização de lucro (ou prejuízo) seja concretizada.

Mas o potencial de lucro é proporcional ao tempo investido. Você já deve também ter ouvido falar de empresas chamadas de unicórnios, como se convencionou classificar as companhias cujo valor de mercado passa de US$ 1 bilhão. Os investidores dessas empresas com certeza estão rindo à toa.

Aliás, há uma discussão pelo mundo se grande parte do valor das companhias está sendo criado na etapa prévia da abertura de capital, o IPO, sobrando pouco de valorização para os investidores de ações.

Em países como o Brasil, onde o empreendedorismo está encravado nas veias da população, é possível imaginar que veremos diversos unicórnios sendo criados nos próximos anos. Alguns você já conhece: Nubank, Loggi, Gympass, Quinto Andar. Todos eles com investidores felicíssimos com os retornos conseguidos.

E você? Tem interesse em diversificar seus investimentos e apostar em novos unicórnios? Mande um comentário para mim no [email protected]. Quero saber se você gosta do assunto e se toparia investir nesse promissor mercado que está surgindo no Brasil.

Fique ligado nas próximas edições desta newsletter porque seu desejo pode se tornar realidade.

Um abraço!

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