Luiz Barsi vê OPA da Unipar como “ofensa aos minoritários”
O megainvestidor Luiz Barsi Filho avalia que a OPA (Oferta Pública de Aquisição) – veja abaixo – lançada pela controladora da Unipar, a Vila Velha, é uma “ofensa aos minoritários”, mostra uma carta enviada a outros acionistas da companhia nesta quinta-feira (6). Segundo ele, os minoritários devem mostrar a sua insatisfação com o processo colocando um preço de venda de R$ 30, muito acima dos R$ 7,50 propostos. A tentativa de fechamento de capital se arrasta desde dezembro de 2015.
“Estou interpretando esse preço como uma ofensa aos acionistas minoritários, uma vez que, sem dúvida alguma, as ações da empresa valem muito além do que esse preço proposto. Basta saber que o valor patrimonial de cada ação é superior aos R$14,50, isto, sem contar com a expectativa de lucros que devem advir da Solvay e Indupa, onde, por declaração do atual controlador, as receitas deverão crescer de forma significativa, ultrapassando os R$2,3 bilhões”, explica Barsi.
Segundo o edital da OPA, o preço foi estabelecido com um prêmio de 36% por ação sobre a média dos preços indicados no Laudo de Avaliação elaborado pelo Santander como valor justo para as ações, que é de R$5,25 (ordinárias) e R$5,78 (preferenciais). Atualmente, os papéis UNIP3 negociam a R$ 9,55, os UNIP5 a R$ 10,42 e os UNIP6 a R$ 9,17.
Barsi sugere que os minoritários contrários ao fechamento de capital coloquem uma oferta no código que demonstra participar do leilão com o preço de venda em R$ 30, “que é o que interpreto que as ações já valem”, diz. As ordinários, ele indica, valeriam ainda mais. O investidor possui 15,7 do total da empresa, sendo 8,1% em UNIP5, 18,2% em UNIP6 e 11,5% em UNIP3.