Aposentadoria

Luiz Barsi: Mercado de ações é a única previdência possível

17 mar 2017, 16:15 - atualizado em 05 nov 2017, 14:06

Luiz Barsi

Enquanto o Brasil debate a idade mínima para a aposentadoria, muitos brasileiros voltaram a pensar no assunto e sobre como se preparar para enfrentar a terceira idade com um rendimento adequado para o padrão de vida desejado. Há décadas, o economista Luiz Barsi também se questionou e chegou a uma conclusão: investir na Bolsa de Valores.

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Barsi está entre os maiores investidores da Bovespa. Mais do que isso, é um defensor da estratégia tradicional de se tornar parceiro das empresas no longo prazo e, com isso, crescer o patrimônio pessoal ao lado da companhia. E foi assim que Barsi construiu a própria aposentadoria, explica em uma entrevista concedida ao Money Times nesta sexta-feira (17).

“Eu inventei a minha própria previdência. Na pública, com as aplicações compulsórias, você se aposenta como um indigente”, avalia. Barsi é conhecido por investir em empresas que pagam bons dividendos ao longo do tempo. É uma maneira de se proteger das oscilações do mercado – comprando mais quando os papéis caem – e construir uma renda mensal crescente ao longo do tempo.

“O mercado é a única maneira, na minha interpretação e experiência, de se aposentar bem. Mas para isso não pode ficar pensando muito sobre se o preço da ação está aqui ou ali. Se você vender suas ações, na verdade você estará vendendo a sua aposentadoria”, pontua Barsi com a sabedoria de quem foi testemunha de décadas de instabilidades profundas no mercado nacional.

Batata quente ou cativeiro

A partir da sede da Elite, uma das corretoras mais tradicionais de São Paulo, Barsi tem uma visão simples e inteligente sobre o investimento no mercado de ações. Para ele, há dois grupos de ações: as batatas quentes e as de cativeiro. “A batata quente é aquela que queima na mão e você quer jogar fora. Já as de cativeiro são as que você se torna parceiro. Hoje o mercado está propício para papéis de cativeiro”, diz.

“A minha carteira de Banco do Brasil, por exemplo, é cativa. Se as ações estiverem a um real eu não vendo. Eu compro. Já se estiver a 100 reais eu não vendo. Ela é a minha carteira de previdência”, conclui.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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