BB Seguridade (BBSE3) lucra R$ 2 bilhões no 1T25, alta de 8% e pouco abaixo das expectativas

A BB Seguridade (BBSE3) reportou lucro líquido de R$ 2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (5).
A média do mercado, medida pela Bloomberg, esperava lucro de R$ 2,1 bilhões.
Se considerasse o descasamento temporal na atualização de ativos e passivos dos planos tradicionais da Brasilprev, o lucro teria ficado dentro da expectativa, a R$ 2,1 bilhões.
Segundo a companhia, o lucro foi impulsionado pela:
- Brasilseg (+ R$ 66,0 milhões): com crescimento do resultado financeiro e queda da sinistralidade;
- BB Corretora (+ R$ 56,0 milhões): com alta das receitas de corretagem no segmento de seguros e crescimento do resultado financeiro; e
- Brasilprev (+ R$ 38 milhões): impulsionada pelo resultado financeiro e pelo crescimento das receitas com taxa de gestão
Por outro lado, explica a BB, a contribuição da Brasilcap para o lucro contraiu R$ 11,2 milhões decorrentes da queda do resultado financeiro, com o ajuste negativo de operações de hedge e a alta do custo do passivo.
Em relação ao quarto trimestre, houve queda de 8,3% no lucro.
Já o resultado financeiro combinado da BB Seguridade atingiu R$ 319,9 milhões, montante 37,9% superior ao reportado no mesmo período de 2024.
André Haui, presidente da BB Seguridade, afirma que o BB teve mais um resultado positivo, “entregue a partir de uma estratégia orientada pela centralidade do cliente nas nossas decisões”.
As despesas administrativas subiram 10,9%, diante das maiores despesas de serviços de terceiros (+40,4%).
O crescimento do resultado operacional não decorrente de juros ficou dentro das projeções.
Prêmios emitidos (Brasilseg) e reservas PGBL/VGBL (Brasilprev) ficaram abaixo do previsto, mas a empresa manteve o guidance anual, aguardando mais clareza econômica.
Segmentos do BB Seguridade
Entre os segmentos, o lucro da Brasilseg cresceu 8,7%, a R$ 1,1 bilhão, enquanto os prêmios emitidos caíram 5,9% (queda no seguro agrícola e prestamista).
Houve alta de 40% no resultado financeiro, com impacto positivo da Selic, e melhora na sinistralidade e bom desempenho em seguros habitacional, residencial e vida rural.
Na Brasilprev, o lucro ficou em R$ 356 milhões (+16,6%), enquanto na BB Corretora o lucro subiu 7%, a R$ 849 milhões, com receita com corretagem em alta de 4,1%, puxada por seguro de vida rural.
Por outro lado, as receitas de corretagem provenientes dos negócios de previdência recuaram 28%, impactadas pela retração no volume de contribuições.