Lucro recorrente da B3 cresce 21% no 4º trimestre, mas fica aquém das previsões
A escalada das ações brasileiras, combinada com um valor gigante de ofertas de ações ajudaram a impulsionar as receitas da B3 (B3SA3) no quarto trimestre, embora a última linha do resultado tenha ficado pouco abaixo das previsões.
A operadora brasileira de infraestrutura de mercado informou nesta quinta-feira que teve lucro recorrente de 864,5 milhões de reais no quarto trimestre, aumento de 20,9% sobre um ano antes.
O número, porém, veio abaixo da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de 948,8 milhões de reais. Em termos líquidos, o lucro cresceu 25,7%, para 732,9 milhões de reais.
O desempenho foi diretamente influenciado pelo boom do mercado acionário doméstico no período, segmento que gera quase metade das receitas da empresa.
Numa mão, as ofertas de ações (IPOs e follow-ons) somaram mais de 32 bilhões de reais. Na outra, o valor bursátil das companhias listadas na B3 no fim de 2019 havia subido 38% em 12 meses.
Assim, a receita líquida de outubro a dezembro somou 1,58 bilhão de reais, um aumento de 20,2% ano a ano.
Já o resultado operacional da B3 medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) ajustado somou 1,18 bilhão de reais, aumento de 29,1% ano a ano.
A previsão média dos analistas para esta linha era de 1,145 bilhão de reais. A margem Ebitda recorrente subiu 5,2 pontos percentuais, para 74,7%.
As receitas financeiras atingiram 134,3 milhões, alta de 10%, explicada principalmente pelo aumento do caixa médio.
Enquanto isso, as despesas ficaram estáveis em 656,6 milhões de reais. O ponto negativo foi o aumento de 15% nas despesas ajustadas, a 311,8 milhões de reais, refletindo principalmente gastos com pessoal.
Veja o resultado na íntegra:
(Atualizada às 20h19)