Lucro líquido da Eletropaulo sobe 9 vezes no 2º trimestre e chega a R$ 31,4 mi
A AES Eletropaulo, responsável pela distribuição de energia na região metropolitana de São Paulo, registrou lucro líquido de R$ 31,4 milhões no segundo trimestre deste ano, número nove vezes maior que os R$ 3,5 milhões reportados no mesmo período do ano passado.
Com isso, no acumulado em seis meses a distribuidora anota um lucro de R$ 44 milhões, montante 29,3% maior que o reportado em igual etapa de 2016. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da companhia somou R$ 262,2 milhões entre abril e junho, alta de 37,5% em relação ao reportado nos mesmos meses do exercício anterior.
A margem Ebitda subiu 2 pontos porcentuais e passou de 6,8% para 8,8%. No semestre, o Ebitda soma R$ 498,3 milhões, alta de 34%, com margem de 8,5%, o que corresponde a um avanço também de dois pontos porcentuais. A companhia também divulgou o Ebitda ajustado, no qual são consideradas questões como ativos possivelmente inexistentes e fundo de pensão. Nesse caso, a distribuidora registrou um Ebitda de R$ 360,2 milhões, 58% acima dos R$ 228 milhões anotados no mesmo intervalo do ano passado. A margem Ebitda ajustado subiu 3,9 p.p., para 12%.
No acumulado do ano, o Ebitda ajustado avançou 56%, para R$ 694,4 milhões, com margem 4 p.p. maior, de 11,8%. A receita líquida da distribuidora totalizou R$ 2,99 bilhões no abril a junho, alta de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seis meses, a receita somou R$ 5,866 bilhões, alta de 3,3%. O resultado financeiro representou uma despesa de R$ 79,3 milhões no segundo trimestre, ante uma despesa de R$ 58 milhões anotada um ano antes. A piora nessa linha se deve principalmente à variação cambial de Itaipu, com impacto negativo de R$ 32,9 milhões.
Projeções
A Eletropaulo divulgou ainda atualizações de suas projeções de sobrecontratação e do Programa de Produtividade, que visa reduzir os custos operacionais. Para este ano, a previsão de sobrecontratação feita pela companhia passou dos 105,8% divulgados em maio para 104,2%. Para 2018, a expectativa foi revista de 104,8% para 105,1%.
Segundo a Eletropaulo, para 2017, além da participação nos leilões de Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD), a projeção da sobrecontratação foi revista por conta do crescimento esperado em seu mercado para o ano, que estava em um intervalo de 0,8% a 1,2%, e passou para algo entre 0,6% e 1%.
No que diz respeito ao programa de redução de custos, a Eletropaulo espera um corte de R$ 200 milhões neste ano, dos quais R$ 70 milhões realizados no segundo trimestre, R$ 80 milhões no terceiro trimestre e os R$ 50 milhões restantes nos últimos três meses do ano.
(Por Renato Carvalho)