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Lucro líquido do BB vem em linha com projeções do mercado

09 nov 2017, 9:42 - atualizado em 09 nov 2017, 9:44

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil no terceiro trimestre veio em linha com as projeções do mercado. A cifra chegou a R$ 2,708 bilhões no período contra R$ 2,742 bilhões, segundo a média das estimativas de sete casas consultadas pelo Prévias Broadcast (Deutsche Bank, Goldman Sachs, BTG Pactual, Credit Suisse, Morgan Stanley, UBS e uma casa que preferiu não ser mencionada).

O Broadcast considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

O banco interrompeu a trajetória de alta dos seus calotes ao divulgar índice de inadimplência de 3,94% ao final de setembro, com uma melhora de 0,17 ponto porcentual ante junho, quando estava em 4,11%. O indicador, que considera atrasos acima de 90 dias, ainda apresentou crescimento, contudo, no comparativo anual, com aumento de 0,44 ponto porcentual.

Sem casos específicos, a inadimplência acima de 90 dias do banco teria sido de 3,52% ao final de setembro contra 3,70% em junho. A trégua nos calotes do BB foi motivada pela inadimplência da pessoa jurídica do BB que apresentou a primeira queda dos últimos trimestres, conforme dados desde dezembro de 2015. O indicador foi a 6,70% em setembro contra 7,35% em junho e 5,26% em um ano.

Já a inadimplência das pessoas físicas foi a 3,49% no terceiro trimestre, maior que o indicador no segundo trimestre, de 3,34%, e ante um ano, de 2,56%. O indicador de calotes de curto prazo, com atrasos acima de 15 dias, seguiu melhorando ao atingir 6,00% em setembro contra 6,04% em junho. Em um ano, porém, estava em 5,94%.

Provisões

As despesas com provisões para devedores duvidosos (PCLD) do Banco do Brasil, um dos motores para o lucro do trimestre, foram a R$ 6,257 bilhões de julho a setembro, queda de 5,8% na comparação com o terceiro trimestre, de R$ 6,658 bilhões, e de 6,0% em um ano, quando estavam em R$ 6,644 bilhões. Na visão acumulada em nove meses, a queda foi de R$ 4,4 bilhões ou 18,4%, conforme o BB.

Com isso, o saldo de provisões do banco somou R$ 27,114 bilhões no terceiro trimestre, recuo de 12,7% em um ano, quando estava em R$ 31,056 bilhões. Na comparação com os três meses anteriores, de R$ 27,501 bilhões, a queda foi de 1,4%.

Basileia

O índice de Basileia do Banco do Brasil, que mede o quanto uma instituição financeira pode emprestar sem comprometer o seu capital, foi a 19,15% no terceiro trimestre, elevação de 1,14 ponto porcentual em relação ao visto de abril a junho, de 18,01%. Trata-se do maior indicador já apresentado pelo banco nos últimos trimestres. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando estava em 17,59%, a Basileia do BB teve melhora de 1,56%.

Do índice registrado pelo banco no terceiro trimestre, 13,29% correspondem ao nível 1, de melhor qualidade, acima do indicador visto no segundo, de 12,42%, e também maior do que o de 12 meses antes, de 12,18%. O capital principal, ou seja, dos sócios, atingiu 10,04% no final do período, ante 9,18% no trimestre anterior e 9,07% um ano antes.

“O Banco permanece acima dos níveis mínimos exigidos pela regulação e dá sequência à sua estratégia de reforçar a base de capital elegível para Basileia III, com meta de capital principal de pelo menos 9,5%, a partir de janeiro de 2019”, destaca a instituição, em nota à imprensa.

Apesar dos rumores de possível devolução de recursos por parte do BB ao Tesouro Nacional, a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU), o banco informou que não há qualquer procedimento de fiscalização específico em relação aos contratos celebrados. Explicou ainda que a área técnica do TCU elaborou Instrução Técnica que será apreciada pelos órgãos daquela Corte sobre a regularidade dos empréstimos concedidos pelo Tesouro mediante emissão direta de títulos públicos.

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