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Lucro do JPMorgan sobe 6%, mas previsão de receita de juros fica abaixo do esperado

12 abr 2024, 10:04 - atualizado em 12 abr 2024, 10:04
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Analistas acreditam que esse foi mais um trimestre “sólido” do JPMorgan. (Imagem: REUTERS/Andrew Kelly)

O lucro do JPMorgan Chase aumentou 6% no primeiro trimestre, embora suas ações tenham caído depois que a previsão do banco para sua receita proveniente de pagamentos de juros ficou abaixo das expectativas dos analistas.

Os altos custos dos empréstimos têm ajudado os credores a aumentar a receita líquida de juros (NII, na sigla inglês), ou a diferença entre o que os bancos ganham com os empréstimos e o que pagam pelos depósitos.

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O JPMorgan, o maior banco dos Estados Unidos em ativos, também acrescentou bilhões de dólares em empréstimos ao seu balanço patrimonial após adquirir o falido First Republic Bank em maio do ano passado, aumentando ainda mais sua receita com juros.

O presidente-executivo Jamie Dimon, entretanto, manteve seu tom cauteloso, apesar do crescente otimismo nos últimos meses sobre um pouso suave para a economia.

“Muitos indicadores econômicos continuam sendo favoráveis. Entretanto, olhando para o futuro, continuamos atentos a uma série de forças incertas significativas”, disse ele em um comunicado.

Essas forças incluem conflitos globais “inquietantes”, pressão inflacionária persistente e a redução da liquidez de bancos centrais, disse Dimon.

O banco espera que a NII do ano inteiro, excluindo negociações, seja de US$ 89 bilhões, dependendo das flutuações do mercado. Esse valor está acima da estimativa anterior de US$ 88 bilhões, mas abaixo dos US$ 90,68 bilhões que os analistas esperavam, de acordo com a LSEG.

As ações do banco caíam 2% nas negociações pré-mercado. Os executivos do banco têm alertado há meses que seu aumento de NII não é sustentável.

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Apesar da queda das ações, os analistas acreditam que esse foi mais um trimestre “sólido” do JPMorgan.

“As finanças do banco pareceram muito animadoras”, disse Octavio Marenzi, presidente-executivo da empresa de consultoria de gestão Opimas, acrescentando que o único aspecto negativo foi o aumento das despesas sem juros.

O lucro do banco foi de US$ 13,42 bilhões, ou US$ 4,44 por ação, nos três meses encerrados em 31 de março, em comparação com US$ 12,62 bilhões, ou US$ 4,10 por ação, um ano antes.

A NII aumentou 11%, atingindo US$ 23,2 bilhões. Excluindo-se o impacto da First Republic, esse valor ainda foi 5% superior ao do ano anterior.

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